Os benefícios que desempregados recebem na Europa, comparados ao Brasil

Nestes países da Europa, os mecanismos que o Estado usa para garantir o bem estar de desempregados são generosos

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Uma pesquisa feita pelo Glassdoor descobriu quais são os países europeus que oferecem os melhores benefícios para desempregados, entre 15 estudados.

Normalmente, os países europeus são bastante generosos quanto às garantias que o Estado oferece para auxiliar a população desempregada, ainda que as mesmas variem muito entre eles. Um dos países mais generosos, descobriu-se, é a Dinamarca, enquanto Irlanda e Reino Unido ficaram entre os menos.

Veja as diferenças entre os países mais generosos da Europa, os menos e o Brasil em alguns quesitos:

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1. Valor

Dinamarca: pessoas desempregadas recebem em média 90% do valor que ganhavam quando empregadas

Bélgica: varia com o tempo – 65%, depois 55% e por último 36 euros por dia

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Reino Unido: entre 66 euros e 84 euros por semana

Brasil: varia de acordo com o salário anterior

Salário Benefício
Até R$ 1.360,70 80% do valor médio
Entre R$ 1.360,71 e R$ 2.268,05 R$ 1.055,56 o que exceder R$ 1.360,70 somado com 50% do que exceder o valor da faixa anterior (de R$ 1.360,70)
Acima de R$ 2.268,05 R$ 1.542,24 invariavelmente

2. Tempo

Dinamarca: até 104 semanas (ou 26 meses)

Bélgica: 13 semanas para os 65%; depois 39 semanas recebendo 55% e, por último, 104 semanas para o valor diário

Reino Unido: até 26 semanas (cerca de 6 meses e 2 semanas)

Brasil: até 5 meses

3. Quem recebe o benefício

Dinamarca: pessoas que contribuem para um fundo de seguro desemprego e tenham trabalhado 52 semanas em tempo integral nos últimos 3 anos. A cada 3 meses, o desempregado é entrevistado para confirmar que está em condições de trabalhar

Bélgica: depende do tempo trabalhado, de acordo com a idade: entre 312 e 624 dias nos meses anteriores (entre 12 e 24). Por exemplo, a pessoa abaixo de 36 anos deve ter trabalhado 312 dias nos últimos 18 meses

Reino Unido: depende do pagamento de um fundo de desemprego; o beneficiário pode estar trabalhando no máximo 16 horas semanais

Brasil: quem esteve empregado nos últimos 6 meses e contribuiu por 15 meses dos últimos 2 anos para o FGTS

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney