Oportunidades: áreas metropolitanas empregaram mais que interior em 2007

Caged mostrou que foram 736.593 ante 577.608; no Paraná, Minas, Pará e Rio Grande do Sul, tendência foi contrária

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – De acordo com o Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), as áreas metropolitanas do país empregaram mais que o interior no ano passado: foram 736.593 ante 577.608, nas localidades interioranas de Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

Os dados, porém, não são homogêneos. No estado do Pará, por exemplo, Belém (70.355) empregou menos do que o interior (17.648). A mesma tendência foi verificada em Minas Gerais, onde Belo Horizonte abriu 80.461 novas vagas e o interior, 87.937; no Paraná, em que Curitiba criou 47.582 novos postos e o interior, 74.799; e no Rio Grande do Sul, com a criação de 38.629 em Porto Alegre e 55.695 no interior.

Estado que mais gerou vagas

Ainda há uma concentração na geração de empregos na região Sudeste e em São Paulo. Para se ter uma idéia, de acordo com os dados, os três primeiros estados na criação de emprego são do Sudeste do país. O Estado de São Paulo foi responsável por um crescimento de 6,77% de novos postos, dentre as nove regiões analisadas, conforme a tabela abaixo:

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Estado Geração de Emprego 2007 Crescimento anual
São Paulo 611.539 6,77%
Minas Gerais 168.398 5,63%
Rio de Janeiro 144.786 5,34%
Paraná 122.361 6,58%
Rio Grande do Sul 94.324 4,89%
Bahia 58.720 5,05%
Pernambuco 46.348 5,54%
Ceará 39.722 5,84%
Pará 28.003 5,83%

Fonte: Caged/MTE

Eixo Rio-São Paulo

Segundo o gerente de RH (Recursos Humanos) e Projetos do Grupo Soma, Celso Eduardo da Silva, a crença de que as oportunidades ainda estão concentradas no eixo Rio-São Paulo é verdadeira. “Por mais que a região Sudeste tenha perdido profissionais para o Sul e Nordeste, ainda é um grande centro para se conseguir um emprego. Culturalmente, as pessoas acreditam nisso e é o que acontece”, afirmou.

Para o gerente, Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis pela geração de empregos operacionais, mas as “bolas da vez” para os grandes executivos são o Sul e o Nordeste. Mas quem pensa que ir para estas localidades é sinal de queda na visibilidade está muito enganado. Silva explicou que, por ser um desafio maior trabalhar em um local com pouca mão-de-obra e, em alguns casos, mais carente, os projetos realizados são mais valorizados. “Os resultados alcançados nestas regiões são mais evidentes”, afirmou.