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SÃO PAULO – De acordo com o estudo “Do holerite às compras”, realizado pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), os operários de São Paulo recebem e gastam mais que os trabalhadores da categoria de outros lugares.
Conforme divulgou o Diário do Comércio, enquanto o salário médio do trabalhador de uma montadora de veículos no ABC paulista pode chegar a R$ 2,76 mil por mês, em Minas Gerais, a remuneração mais elevada é de R$ 1,389 mil mensais, em Juiz de Fora.
Poder de compra maior
Ainda segundo o levantamento, enquanto um metalúrgico do ABC paulista precisa trabalhar 29,51 horas para adquirir uma cesta de produtos no valor de R$ 473, um funcionário de uma montadora de veículos de Sete Lagoas (MG) terá de trabalhar 131,32 horas para comprar os mesmos itens.
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E para um funcionário de uma fábrica de autopeças de Campinas (SP) comprar um saco de cinco quilos de arroz, precisa trabalhar 56 minutos, contra uma hora e meia (90 minutos) de um trabalhador de Camaçari (BA).
Migração das empresas
Por causa da diferença de custo da mão-de-obra, várias empresas dos setores automotivos e de autopeças de São Paulo estão migrando para outros estados, principalmente Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
A Ford, por exemplo, migrou grande parte de sua produção do ABC Paulista para Camaçari (BA). Já a General Motors construiu uma unidade em Gravataí (RS); a Renault se instalou no Paraná; e a Peugeot-Citroën escolheu o Rio de Janeiro.
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E para garantir a igualdade entre os trabalhadores, a CNM pretende instituir a unificação salarial e o contrato coletivo nacional.