Operacional ou estratégico? Avalie o RH de uma empresa antes de aceitar um emprego

Para não perder a motivação após uma contratação, investigue se o RH da companhia é realmente estratégico ou apenas operacional

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Para não cair em armadilhas que causem situações embaraçosas, os profissionais que estão à procura de um emprego devem ter muita cautela antes de aceitar uma proposta de trabalho. E nada de aceitar o primeiro emprego que surgir!

Quem for convocado para um processo de seleção deve investigar com antecedência a política de gestão da empresa para a qual foi convidado a integrar, observando atentamente se ela possui um departamento de RH (Recursos Humanos) estratégico ou meramente operacional.

Existe diferença?
Mas existe diferença? Sim, toda a diferença do mundo, acredite! O RH Operacional é o antigo DP (Departamento Pessoal). Ele resolve todos os trâmites burocráticos dos funcionários de uma empresa, desde o fechamento da folha de pagamentos no fim do mês, passando pela entrega dos holerites até as relações com o sindicato e as contas-salário de cada contratado.

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Já o RH Estratégico é aquele que cuida da gestão estratégica das pessoas. Ou seja, aquele que pensa nos processos internos que envolvem os colaboradores.

“Ele é um business partner que se preocupa com o andamento de determinadas áreas junto com a organização”, explica a consultora sênior de RH da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Emília Dias.

Segundo ela, a ação deste departamento está focada exclusivamente na estratégia do negócio, que somente pode ser alcançada com a valorização de talentos.

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Por que é importante?
Por isso, escolher um emprego em uma empresa que tenha uma atuação forte na área estratégica pode se mostrar uma grande vantagem, afinal, além de crescer com a companhia, o profissional certamente terá o desempenho ampliado.

“O benefício para o trabalhador é infinito! Ele passa a ter clareza nas ações da companhia e ainda consegue entender melhor a política da empresa”, diz a consultora de Recursos Humanos Maria Bernadete Pupo.

E não é apenas esse tipo de vantagem que ele pode ter. Segundo Emília, ao saber que possui um departamento parceiro, o colaborador também se sente mais valorizado.

“Um gestor vê o RH estratégico como um parceiro, que o ajuda a repensar os talentos de seu departamento e a motivar sua equipe. Já os funcionários com cargos operacionais se sentem completamente valorizados, ao perceberem que podem participar da empresa”, diz.

Eu, robô!
Mas nem todas as empresas pensam dessa maneira. Hoje, não é raro encontrar profissionais desmotivados em companhias que focam exclusivamente no lado operacional de seu RH.

“Ao não trabalhar o RH Estratégico, os profissionais se sentem verdadeiros robôs, que que precisam cumprir tarefas e produzir cada vez mais e mais”, diz Emília.

Por isso, a busca por empresas que possuam um departamento estratégico precisa ser tão rigorosa pelos trabalhadores. “Muitas empresas dizem ter um departamento de recursos humanos estratégico, mas possuem na verdade um setor operacional. É preciso estar muito atento!”, avisa Maria Bernardete.

Onde encontrar
Para achar as empresas que focam nos talentos, o candidato deve procurar informações sobre a companhia na internet, observando sempre a missão e os valores dela.

Além disso, vale dar uma olhadinha se existem reclamações trabalhistas contra a companhia e se o índice de rotatividade e absenteísmo da empresa é alto.

“Esses podem ser fortes indícios de que a empresa não possui foco no capital humano”, argumenta Emília.