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SÃO PAULO – Passageiros aéreos começarão a sentir os efeitos de uma operação de não colaboração promovida pelos aeroviários e os aeronautas a partir de sexta-feira (3).
A operação foi deflagrada nesta quinta (2), nos aeroportos brasileiros, pelo SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários). A categoria pede aumento de 30% nos pisos salariais e de 15% para as demais faixas.
De acordo com a presidente do SNA, Selma Balbino, a mudança na rotina de trabalho destes profissionais deverá causar atrasos de até duas horas em voos com conexões, além de cancelamentos.
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Reivindicações
Em reunião com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), os profissionais colocaram suas reivindicações, mas não avançaram.
“Durante a operação, eles não vão colaborar com nada e farão exatamente o que manda o manual, além de não aceitar mudanças repentinas de escala, o que vem acontecendo constantemente”, afirmou Selma, segundo a Agência Brasil.
Ela explicou que existe um deficit de cerca de 2 mil trabalhadores apenas entre os aeronautas, categoria que inclui comissários, comandantes e pilotos.
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Os aeroviários são os funcionários que atuam em terra, como mecânicos de manutenção, despachantes técnicos, agentes de check-in, entre outros.
Ainda de acordo com Selma, os profissionais sobrecarregados representam um risco para a segurança dos voos. “Isso é perigoso, porque eles não podem errar, afinal um erro pode comprometer a vida de centenas de pessoas”, alertou.
O outro lado
O diretor administrativo do Snea, Arturo Spadale, disse que a operação é prematura, pois as negociações ainda estão em curso. Uma nova reunião sobre o assunto está marcada para o próximo dia 8.
“A nossa proposta é de reposição imediata pelo INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] para não prejudicar os funcionários. Além disso, achamos mais conveniente mudar a data-base de dezembro para abril, quando poderíamos discutir as outras reivindicações sem prejuízo para os passageiros, que viajam mais nesta época do ano”, destacou.