OIT: total de desempregados no mundo aumentou em 2,2 milhões de pessoas em 2005

A taxa de desemprego permaneceu em 6,3%, porém, o total de desempregados atingiu 191,8 milhões de pessoas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O número de desempregados no mundo cresceu em 2,2 milhões de pessoas durante o ano de 2005, de acordo com o relatório sobre Tendências Mundiais do Emprego, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado na última terça-feira (24). Se comparado ao número de desempregados de 1995, o aumento foi de 34,4 milhões de indivíduos.

Apesar do crescimento de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, o relatório aponta que a debilidade da maior parte das economias para converter seu PIB em novos postos de trabalho e em aumentos salariais não foi superada. Uma série de catástrofes naturais e o aumento do preço da energia também afetaram os trabalhadores do mundo.

Desemprego atingiu 191,8 milhões de pessoas

A taxa de desemprego permaneceu inalterada em 6,3%, após queda por dois anos consecutivos, porém, o total de desempregados atingiu 191,8 milhões de pessoas.

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Além disto, dos mais de 500 milhões de trabalhadores abaixo da linha da pobreza da ONU (Organização das Nações Unidas), somente 14,5 milhões conseguiram superar a marca de US$ 1/dia por pessoa. Dos mais de 2,8 bilhões que ganham menos de US$ 2 diários por pessoa, metade permanece, há dez anos, na mesma situação.

O relatório ainda mostra que quase metade dos desempregados se refere a pessoas com idade entre 15 e 24 anos, apesar dos jovens representarem apenas 25% da população em idade para trabalhar.

Disparidade entre os sexos diminuiu

Na última década, a disparidade no emprego entre mulheres e homens diminuiu, apesar de continuar sendo expressiva. No ano passado, 52,2% das mulheres adultas estavam empregadas, contra 51,7% em 1995.

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Em 2005, as mulheres constituíam cerca de 40% da força de trabalho no mundo, porém, a porcentagem de mulheres no mercado de trabalho varia de acordo com cada região.

O número de mulheres ativas diminuiu na América Latina, no Caribe, nos países da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), Europa Central e Oriental, Ásia Oriental e África subsaariana. No Oriente Médio e Norte da África a participação feminina cresceu, mas em níveis ainda baixos. No Sul e Sudeste da Ásia a tendência de crescimento permaneceu estável.

Crescimento do setor de serviços

O emprego no setor de serviços aumentou durante os últimos dez anos em todas as regiões, com exceção do Oriente Médio e do Norte da África. Caso continue crescendo, o segmento superará a agricultura, que é o maior provedor de empregos.

O maior aumento do desemprego ocorreu na América Latina e no Caribe: cerca de 1,3 milhão de pessoas. A taxa de desemprego, que atingiu 7,7%, aumentou 0,3 ponto percentual entre 2004 e 2005. Os países que não fazem parte da União Européia e os da CEI tiveram 9,7% de crescimento do desemprego, 0,2 ponto percentual a mais que no ano anterior.

Por outro lado, nos países desenvolvidos e na União Européia, as taxas de desemprego diminuíram 0,4 ponto percentual: passaram de 7,1% em 2004 para 6,7% em 2005.