O que um profissional mais velho deve fazer para voltar a ser competitivo no mercado de trabalho?

Especialista dá dicas de como o profissional mais experiente pode se reposicionar no mercado de trabalho

Equipe InfoMoney

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Pergunta da leitora: “Tenho mais de 40 anos: o que devo fazer para voltar a ser competitiva no mercado de trabalho brasileiro?”

Por Elza Veloso*

“Discussões sobre a idade dos trabalhadores são muito comuns no mundo corporativo e na sociedade como um todo. Costumamos ter a ilusão de que é possível classificar as pessoas por suas características pessoais, como se quem tem uma certa idade sempre apresentasse características semelhantes.

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Porém, para responder ao questionamento da leitora sobre competitividade aos 40 anos, é preciso ampliar nossa visão sobre esse assunto.

Ao considerar que o desenvolvimento de carreira é algo contínuo, para a vida toda, podemos passar a avaliar nossa competitividade com menos amarras, focando no futuro da nossa carreira, em qualquer idade. Mas, para pensar em desenvolvimento profissional de uma forma mais ampla, é preciso realizar uma avaliação que envolve presente, passado e futuro.

Veja:

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Olhe para o passado

Em uma definição simples, podemos definir competências como conhecimentos habilidades e atitudes.

Essa definição nos mostra que há um patrimônio que construímos desde o passado e que dá sentido a quem nós nos tornamos no decorrer da vida. Então, busque avaliar suas realizações acadêmicas, profissionais e pessoais.

Observe o caminho percorrido e procure valorizar sua trajetória, dando sentido a cada uma das suas conquistas. Na hora de contar sua história, em uma entrevista ou em uma negociação de trabalho, é você quem deve controlar a maneira como a construção sua competitividade será relatada e esse repertório será determinante para a maneira como as outras pessoas irão te avaliar.

Olhe para o presente

Normalmente, somos mais competitivos quando realizamos trabalhos que tenham a ver como quem nós somos, com nossas preferências, com o que queremos e com o que valorizamos como pessoa e como profissional.

Então, é essencial que você avalie o que faz atualmente e pense no quanto suas atividades se encaixam (ou não) no seu ideal de vida.

Essa avaliação determinará o planejamento de uma possível mudança de carreira ou do reforço das competências necessária a uma trajetória que já está em andamento, mas que precisa de aprimoramento.

Em termos práticos, procure avaliar também se as competências que você tem são valorizadas em seu trabalho atual e em trabalhos que você pretende buscar ou se elas estão defasadas e precisam de atualização.

Olhe para o futuro

O passado e o presente se configuram em situações profissionais já consolidadas, mas o futuro representa sempre novas possibilidades.

É preciso olhar para a frente de forma consciente e estratégica. Realizar uma avaliação do mercado e descobrir quais as competências que tendem a ser valorizadas no setor no qual você atua e/ou pretende atuar é algo que traz a possibilidade de buscar desenvolvê-las.

Nem mesmo quem chegou a uma posição profissional almejada pode se considerar completamente seguro em um mundo tão competitivo como o que vivemos.

Então, montar um planejamento financeiro e educacional para possíveis mudanças de carreira e/ou para a manutenção da posição atual é algo essencial para quem quer se manter “no jogo” e também quem pretende para realizar novas conquistas.

Essa avaliação temporal pode (e deve) ser feita a qualquer momento da sua vida. Aos 40 anos, ela pode proporcionar a você a possibilidade de concretizar sonhos e de construir um futuro promissor em que a idade conta menos do que a vontade de buscar coisas novas e de assumir o papel de protagonismo da sua carreira.

É essa prontidão que o mercado valoriza, que não é fácil de construir, mas que é essencial ao  mundo atual do trabalho.

Por fim, do lado das empresas, é necessário aprender a priorizar a análise das competências dos candidatos, buscando avaliar a adequação de tais competências às vagas disponíveis, deixando de lado os preconceitos quanto à idade e outras características pessoais.

Paralelamente, como sociedade, precisamos nos desprender de certos estereótipos, que aceitamos sem questionar, e que limitam consideravelmente nossas decisões de carreira”.

Quer tirar alguma dúvida sobre carreira? Envie sua pergunta para o e-mail carreira@infomoney.com.br. A próxima resposta dos nossos especialistas pode ser a sua!

*Elza Veloso é livre-docente, com doutorado e pós-doutorado em administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Especialista em gestão de carreira, atualmente, é professora da FIA Business School, atuando na graduação e nos programas stricto sensu e lato sensu da instituição. É também professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

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