O que o mercado quer em 2011? Veja as competências que o profissional deve ter!

Além das competências tradicionais, como liderança, a crise e a Geração Y aumentaram a lista das exigências

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – É só começar um novo ano que as promessas começam a ser feitas. No aspecto profissional, não é diferente. De um emprego novo a um salário maior, os pedidos dessa área não ficam fora da lista. Contudo, independentemente de qual for o objetivo para 2011, é preciso se preparar para enfrentar um mercado de trabalho dinâmico.

E saber o que esse mercado quer dos profissionais pode ser uma ferramenta importante para não ser surpreendido no meio do caminho e ver a meta sendo desviada. Para cada área, o mercado faz exigências específicas. Mas, para grande parte delas, existem competências que devem ser atribuições de qualquer profissional.

Entra ano e sai ano muitas exigências não mudam. Mas a entrada da chamada Geração Y no mercado e o choque dela com gerações anteriores mais tradicionais introduziram tantas outras. E tê-las ou desenvolvê-las é o primeiro passo para conseguir o que se quer no próximo ano.

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O que o mercado quer em 2011?
De olho nas competências que os líderes e gestores de Recursos Humanos devem exigir dos profissionais em 2011, especialistas ouvidos pelo InfoMoney afirmam que aquelas já tradicionais serão enfatizadas e outras entrarão na lista. E tudo isso devido à mecânica do mercado – que deve continuar acelerado.

“O que vai acontecer no próximo ano é um crescimento acelerado do mercado. Tudo vai ficar mais dinâmico e rápido”, afirma o gerente no Brasil do DDI (Development Dimensions International), Neil Suchman. Diante disso, a sócia da Search Consultoria em RH, Ilana Lissker, vê na flexibilidade mais uma característica essencial para os profissionais em 2011. “A pressão do mercado vai ser cada vez maior e os profissionais têm de estar preparados”, ressalta.

Para a consultora sênior de Carreira da Thomas Case Associados, Márcia Vazquez, embora o mercado tenha o dinamismo que Suchman acredita ter, o início de um novo governo pode trazer algumas incertezas. “Esse novo governo vai trazer um arrocho nas contas e o mercado pode não crescer tanto”, diz. Por isso, a consultora acredita que os profissionais devem ter mais autonomia em 2011.

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O autodesenvolvimento e a automotivação, dessa forma, entram como características necessárias no mercado. “As empresas não terão mais condições de prover o conhecimento dos colaboradores, que terão de ter bom humor para encarar as dificuldades e, por si próprios, se automotivar”, acredita Márcia. “O desenvolvimento do profissional está cada vez mais nas mãos dele”, diz.

Essas duas características estão ligadas a uma outra, que se tornou essencial, principalmente no pós-crise, a criatividade. “O novo é importante principalmente em momentos difíceis. Mas essa criatividade deve buscar soluções palpáveis”, afirma a consultora.

Ilana, por outro lado, acredita que muitas características se manterão como exigências. É o caso da liderança e da facilidade de se relacionar. A crise, na avaliação da especialista, inseriu uma outra competência na lista, a de saber mesclar estratégia e ação.

Competências em três âmbitos
Já Suchman acredita que as características que os profissionais devem ter dividem-se em competências de negócios, pessoais (competências individuais) e de pessoas (competências para lidar com as pessoas).

No primeiro grupo, Suchman acredita que, principalmente aqueles que almejam cargos de liderança devem ter perspicácia global. “É um entendimento das tendências globais e econômicas que, de alguma forma, impactam a organização”, explica. Saber conduzir uma ação é outra competência que deve ser exigida. “Os profissionais precisam saber converter a estratégia em uma realidade”, diz.

Depois da turbulência global, dificilmente o mercado aceitará profissionais de olho nos próprios interesses. “Todos têm de ter uma visão de negócios, precisam entender como podem contribuir para a empresa. Profissionais que pensam no próprio umbigo não sobrevivem mais”, afirma Márcia.

No segundo grupo, encontram-se características mais voltadas aos líderes. Contudo, o especialista ressalta que elas podem ser desenvolvidas, ainda que em menor grau, por outros profissionais que queiram desenvolver a carreira. As competências que estão nesse grupo são: a capacidade de atrair, desenvolver e reter talentos e a capacidade de fazer coaching.

As características que formam o terceiro grupo devem ser levadas em conta por todos os que buscam novos desafios profissionais em 2011. Nele, encontram-se características como coragem e aprendizado. “Coragem passou a ser uma competência no mercado. Os profissionais cada vez mais devem fazer escolhas ousadas, mas acertadas, diante dos obstáculos”, explica Suchman.

Ainda nesse grupo, o especialista cita a capacidade de saber comunicar assuntos importantes de maneira simples. “É a capacidade de navegar na complexidade dos assuntos e responder a sistemas difíceis”, afirma. Manter-se aberto a todo e qualquer tipo de aprendizado que ajude o profissional a evoluir é outro ponto importante.