O novo momento para os profissionais do setor de cobrança e crédito

Regulamentação do setor expôs a necessidade de um profissional bem preparado, que não seja apenas um cobrador

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SÃO PAULO – O estímulo econômico dado aos consumidores brasileiros no último governo fez se desenvolver, indiretamente, um setor bastante conhecido da população: o de recuperação de crédito.

O aumento no volume de crédito, além da melhora na renda da população, levaram os brasileiros ao mercado de consumo. Porém, o percentual de inadimplentes no País cresceu, pois muitos exageraram nos gastos e nas aquisições. O resultado foi o aumento da demanda por profissionais ligados ao setor de crédito e cobrança.

“Hoje, existem mudanças estruturais muito importantes. Antigamente, o setor de cobrança tinha pouco espaço e não era regulamentado corretamente, fora os profissionais despreparados. Eram pessoas que se aventuravam na área”, afirma o superintendente do iGeoc, João Paulo de Mattos.

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Segundo ele, a partir da regulamentação do setor, começou-se a ter necessidade de um profissional bem preparado, que não seja apenas um cobrador, mas um conhecedor dos problemas do cliente inadimplente.

Desafios
Recuperar o cliente inadimplente e trazê-lo de volta ao consumo. Esse é o desafio do profissional de cobrança, que deve dominar a arte de negociar e ter conhecimento do mercado financeiro.

“Vivemos um cenário desafiador, deve-se ter uma equipe com muita tecnologia e inteligência para trabalhar com as informações do consumidor, de modo a auxiliar o cobrador”, descreve Mattos.

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O setor de cobrança passou por uma profunda experiência tecnológica que, em síntese, foi crucial para um melhor entendimento por parte do profissional da área.

Sob esse aspecto, as empresas foram abastecidas com programas de computador capazes de identificar o perfil do inadimplente, onde ele mora, emprego, renda, nível de atraso, capacidade de pagamento, região, entre outros dados.

“Todos os profissionais, desde o operador até o executivo, precisam ser reciclados. Já existem treinamentos e cursos específicos para que líderes, gerentes e supervisores tenham domínio da tecnologia na empresa e do comportamento do inadimplente”, explica Mattos.

Capacitação
Segundo o especialista, as empresas do setor de crédito e cobrança estão crescendo, em média, de 15% a 25% ao ano, o que demanda um maior número de profissionais.

Levantamento feito pelo iGeoc aponta que cerca de 400 vagas no setor ficam sem preenchimento, no Brasil, todo mês. Ou seja, faltam profissionais qualificados para dar conta das tarefas.

“Além da falta de mão de obra qualificada, existe ainda uma carência de pessoas que queiram trabalhar nesse setor”, revela o superintendente do iGeoc.

O atrativo para quem não conhece o setor ou ainda tem dúvidas sobre ele é a facilidade com que os profissionais, desde que sejam competentes, têm para galgar posições dentro de uma empresa.

Um iniciante na carreira, por exemplo, recebe salário em torno de R$ 680. Geralmente contratado como operador, esse profissional conta com subsídio vindo das comissões sobre os acordos fechados com o cliente.

“Em pouco tempo, ele pode se tornar gerente e, com um pouco mais de tempo, chegar até a um cargo de diretoria. Conheço casos de pessoas que em menos de um ano se tornaram supervisores”, conta Mattos.