O impacto da educação na carreira: cada ano de estudo acrescenta 15% ao salário

FGV revela também que as chances de ocupar uma vaga aumentam à medida que se estuda, em 3,38% por ano

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Cada ano de estudo aumenta em 15,07% o salário do brasileiro, conforme revelou o estudo Você no Mercado de Trabalho, publicado nesta quinta-feira (9) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). As chances de ocupar uma vaga também aumentam à medida que se estuda, em 3,38% por ano, informou a Agência Brasil.

Uma pessoa sem nenhum estudo ganha em média R$ 392,14 no Brasil, enquanto que aquela com 18 anos de estudo tem um rendimento médio de R$ 4.454,69. Já a taxa de ocupação para o primeiro grupo é de 59,85%, enquanto entre aqueles com o maior número de estudos é de 90,73%, de acordo com os dados.

Para se ter uma idéia, os salários dos universitários pós-graduados são mais de seis vezes (544%) superiores aos dos analfabetos com as mesmas características sócio-demográficas. A chance de ocupação, por sua vez, é mais de cinco vezes (422%) maior.

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Horas de trabalho

O salário por hora dos analfabetos é de R$ 2,42, enquanto que daqueles com 18 anos de educação chega a ser de R$ 27,31. Nem por isso os profissionais muito menos escolarizados trabalham menos: eles têm uma jornada semanal de 37,81 horas, ante 38,06 horas daqueles com o maior grau de formação.

A tabela abaixo detalha o nível de educação, a taxa de ocupação, salário, jornada semanal e o salário-hora:

Educação Taxa de ocupação Salário Jornada semanal Salário-hora
Analfabetos 59,85% R$ 392,14 37,81 horas R$ 2,42
Fundamental 63,62% R$ 604,22 40,38 horas R$ 3,49
Médio 68,44% R$ 847,41 41,35 horas R$ 4,78
Superior 78,69% R$ 1.728,15 38,11 horas R$ 10,58
Pós-graduação 86,39% R$ 3.469,40 39,13 horas R$ 20,69

Fonte: FGV

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Satisfação com trabalho

O estudo ainda revelou que o pico de satisfação do profissional nos países das Américas coincide com o período onde as chances de ocupação e os salários são maiores. Ela sai de cerca de 10% aos 15 anos, atingindo um patamar de 50% em torno do final da juventude e se mantém neste patamar pelos próximos 25 anos quando, aos 54 anos, começa a declina, voltando a atingir os patamares de 10% na fase final da vida.