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SÃO PAULO – Os gestores que saem de férias provavelmente perderão boas noites de sono tentando solucionar um problema cada vez mais comum nas empresas brasileiras: a falta de talentos.
Com a economia aquecida, há tempos se abriu a temporada de caça a profissionais capacitados, que consigam suprir o quadro de necessidades da corporação.
“A política para manter os melhores profissionais não deve ser diferente da política para atraí-los, salvo situações específicas relacionadas com a estratégia da empresa”, afirma o headhunter e conselheiro de administração para gestão de pessoas, Ricardo Porto.
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Na projeção do consultor, o fator turn over será inevitável, principalmente pelos salários maiores oferecidos pelas empresas, algo que deve tirar os talentos da concorrência. Segundo ele, a globalização e a complexidade dos mercados parecem ser tendências crescentes e irreversíveis.
Benefícios
Reter um profissional está normalmente ligado, em um primeiro momento, à oferta de um salário maior. De acordo com Porto, essa opção é comumente utilizada pelo gestores.
No entanto, o consultor chama a atenção para o resultado de pesquisas recentes realizadas com executivos que indicam o peso da questão salarial como cada vez menor na decisão de sair ou permanecer na organização.
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Em contrapartida, questões referentes à política de benefícios, à remuneração atrelada aos resultados, ao plano de desenvolvimento de carreira, à exposição internacional e, naturalmente, às perspectivas de evolução da empresa e do seu mercado estão ganhando importância.
Aparição
A pesquisa também revelou, informa Porto, que itens antes não mencionados pelos executivos passaram a aparecer como opções de permanência na empresa.
Alinhamento com os valores da empresa, boas práticas de governança corporativa e sustentabilidade, cultura organizacional e ambiente de trabalho, relacionamento com superiores e colegas e equilíbrio entre trabalho e lazer, hoje, são cada vez mais citados e valorizados.