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SÃO PAULO – O que a maioria dos brasileiros já sabia por experiência própria foi comprovado um por um estudo: está cada vez mais difícil conquistar uma vaga de emprego. Conforme levantamento públicado pelo economista Márcio Pochmann, professor da Universidade de Campinas (Unicamp), aumentou a inserção de trabalhadores no mercado, sem que a oferta de vagas acompanhasse o mesmo ritmo.
Na média Brasil, enquanto o total de postos cresceu 2,32% de 1990 a 2005, a População Economicamente Ativa (PEA) apresentou alta de 2,76%. E a tendência foi verificada em todas as regiões. A análise foi feita com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Maior intensidade
“A maior intensidade se deu justamente nas regiões Norte e Centro-Oeste, responsáveis pelos maiores ritmos de economia regional”, afirmou o docente no documento de divulgação. Segundo ele, o fenõmeno é resultado também do aumento do fluxo migratório para essas regiões.
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Veja: na região de Brasília a PEA expandiu-se em 2,83%, enquanto a oferta de vagas cresceu 2,35%. Já no Norte esse ritmo foi de 5,48% e 4,99%, respectivamente.
Desemprego
A variação média anual do desemprego nas regiões brasileiras dos 15 anos analisados mostra, segundo o docente, “a ineficência da economia brasileira”. “O desemprego cresce em todas as regiões”, afirmou, em entrevista a InfoMoney. Veja as taxas:
- Brasil: 10,56%
- Norte: 13,22%
- Centro-Oeste: 11,71%
- Sudeste: 10,42%
- Nordeste: 9,45%
- Sul: 8,31%
Por Estado, a menor variação foi verificada na Paraíba (6,85%). Já a maior, em Mato Grosso (15,27%). Em São Paulo, o nível também ficou acima da média (11,42%).
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Emprego formal x informal
No entanto, conforme a pesquisa, o período entre 1990 e 2005 foi marcado pelo aumento no nível de emprego formal, em comparação com o número de vagas informais. A média brasileira anual foi de 2,37% para vagas registradas contra 1,76% daquelas sem garantias ao trabalhador.
Apenas os Estados de São Paulo e Amazonas apresentaram alta no número de emprego informal acima do daqueles com carteira assinada. As variações foram de, respectivamente, 2,09% e 1,38%; e 4,62% e 3,37%.
Vale ressaltar que o Paraná não registrou aumento no corpo de trabalhadores sem registro. O índice ficou estável, contra alta de 2,33% no número de vagas de acordo com a legislação.