Número de trabalhadores com renda de até meio mínimo cai 25% em 9 anos

Segundo Ipea, quantidade de trabalhadores com rendimento de até meio salário mínimo passou de 17 milhões para 12,8 milhões

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – O número de pessoas ocupadas com rendimento médio familiar de até meio salário mínimo mensal passou de 17 milhões para 12,8 milhões nos últimos nove anos, o equivale a uma redução de 24,8% no tamanho da população de baixa renda.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e fazem parte de um comunicado sobre a “Trajetória da população de baixa renda no mercado de trabalho metropolitano brasileiro”.

Trajetórias
Segundo o levantamento, entre 2002 e 2011, a evolução da população de baixa renda que recebe até meio salário mínimo apresentou duas trajetórias distintas: uma de crescimento, com o incremento de 1,5 milhão de pessoas até julho de 2003, e outra de queda, quando a população ocupada em questão passou de 18,5 milhões em 2003 para 12,8 milhões em 2011 (-30,9%).

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Taxa de pessoas ocupadas
A redução também se mostrou intensa na taxa de pessoas ocupadas. Para se ter uma ideia, na análise que avalia a relação entre a população de baixa renda com a economicamente ativa das regiões metropolitanas, o Ipea constatou uma queda de 30,7% no período em questão.

Nas seis principais regiões metropolitanas do País, a situação também não foi muito diferente: entre 2002 e 2003, a taxa de pessoas ocupadas de passou de 39,1% para 41,9% – um incremento de 7,2% no conjunto do Brasil metropolitano. Contudo, a partir de julho de 2003 até o sétimo mês deste ano, a trajetória se manteve em queda: de 41,9% passou para 27,1% – o equivalente a uma redução de 35,3%.

Por região
Na análise por região, a maior queda, de 47,6%, na proporção de ocupados de baixa renda pode ser observada em Belo Horizonte. A menor, no entanto, ficou para o Rio de Janeiro (-15,3%).

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Já na avaliação das regiões que mais colaboraram para a redução da população ocupada, São Paulo se destacou com a retirada de 2,1 milhões de pessoas dessa condição. Ou seja, o equivalente a 50% do total.

Na outra ponta, entretanto, o Recife se destacou, conquistando o título de quem menos colaborou para a redução na quantidade desses trabalhadores: nos nove anos da avaliação, houve uma redução de apenas 242,6 mil trabalhadores que ganham até meio mínimo.