Número de pessoas com carteira assinada cresceu 13,3% entre 2003 e 2006

Já número de informais, desocupados e autônomos caiu no período; aumenta participação de domésticos no mercado

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Desde 2003 a 2006, a população ocupada com carteira assinada cresceu 13,3% nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. No período, a expansão da ocupação foi maior entre as pessoas com 50 anos ou mais, as mulheres, os cônjuges, os filhos e entre as pessoas com 11 ou mais anos de estudos.

Os dados fazem parte de estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (25). Dentre as regiões analisadas – São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife – somente a capital baiana apresentou queda no número de pessoas ocupadas com carteira assinada, de 36% em 2003 para 35,6% no ano passado.

Número de empregados sem carteira cai

As pessoas que trabalham informalmente, sem carteira assinada, diminuíram a participação no mercado de trabalho. A média de empregados no setor privado passou de 15,5% em 2003 para 14,8% em 2006.

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No ano passado, os homens correspondiam por 62,2% dos trabalhadores informais, e as mulheres, 37,8%. Com relação à idade, houve aumento da participação daqueles com 50 anos ou mais de idade e com 11 anos ou mais de estudo.

Participação de autônomos também cai

Os trabalhadores por conta própria diminuíram a participação no mercado de trabalho. Em 2006 eles representavam 19,1% das pessoas ocupadas, ante 20% em 2003. As mulheres aumentaram a participação neste segmento em três anos, junto daquelas pessoas com 11 anos de estudo ou mais e com 50 anos ou mais de idade.

Os autônomos têm maior concentração na cidade do Rio de Janeiro, com 23,1%, sendo que apenas 16,1% das pessoas ocupadas trabalham por conta própria na cidade de São Paulo.

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Domésticos registraram maior crescimento de participação

Os empregados domésticos foram os que mais aumentaram a participação no mercado de trabalho entre os anos de 2003 e 2006. O salto foi de 7,6% para 8,2% no ano passado, o que representa aumento de 18,4%. Do total de trabalhadores domésticos do ano passado, 34,8% tinham carteira assinada.

O IBGE explica o fato com a expansão do número de domésticos entre 2003 e 2004 (6,9%) e 2004 e 2005 (7,7%). As mulheres eram maioria entre estes empregados no ano passado (94,4%). Houve aumento de participação das pessoas com escolaridade de 11 anos ou mais.

Mais pessoas ocupadas

Segundo os dados do IBGE, a população desocupada caiu desde o ano de 2003. Em 2006, a média mensal de pessoas desocupadas atingiu 2,245 milhões de pessoas, quantia 4% superior quando comparada com o ano anterior. No entanto, esta média não conseguiu atingir a de 2003, que foi de 2,624 mil pessoas.