Número de empresas no Brasil com horário flexível diminui 17% em um ano

Segundo pesquisa, atualmente, 45% das empresas privadas no Brasil adotam políticas de horários flexíveis

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SÃO PAULO – O número de empresas brasileiras que tem a política de horários flexíveis caiu 17% em um ano, segundo dados do IBR (International Business Report) 2012 da Grant Thornton.

De acordo com o levantamento, atualmente, 45% das empresas privadas no Brasil adotam políticas de horários flexíveis, sendo o resultado sete pontos percentuais menor do que a média global, de 52%.

Considerando todos os países participantes do levantamento, o Brasil ficou na 28ª posição. A Finlândia foi a mais bem colocada, com 89% das empresas adotando este tipo de política quanto ao horário de trabalho.

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Suécia (85%), Dinamarca (82%), Nova Zelândia (81%), Holanda (81%) e Vietnã (78%) também foram destaques. Japão (16%), Taiwan (17%), China (24%), Singapura (30%), Malásia (30%) e Grécia (31%) são os que menos permitem práticas de horários maleáveis.

Falta de cultura
No geral, revela o estudo, a região dos países nórdicos (85%) e a União Europeia (65%) são os locais onde as empresas mais permitem práticas de horários flexíveis, ao contrário do que acontece nos países da Ásia Pacífico e do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China), onde os percentuais de empresas com este plano de horário de trabalho atingem 32% e 59%, respectivamente.

“Notavelmente os países em crescimento têm muito para copiar dos países mais desenvolvidos, quando o tema é a melhora das condições de trabalho para os funcionários”, analisa o diretor de gestão de pessoas da Grant Thornton Brasil, Antoniel Silva.

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Ainda conforme Silva, o baixo número de empresas brasileiras que adotam horários maleáveis pode ser explicado pela falta de cultura dos empresários.

“Os empresários brasileiros não têm essa cultura e deixam de avaliar o desempenho geral do funcionário. Há o hábito de valorizar horário de chegada e saída e alguns são até mal vistos, se atrasam, por exemplo, sem considerar as dificuldades do pessoal que mora longe do escritório. No entanto, as empresas precisam pensar também na qualidade de vida dos seus funcionários, almejando a melhora no desempenho”, finaliza o especialista.