Número de CEOs afastados por conduta antiética aumentou 36%; Brasil tem a maior taxa

Os dados fazem parte do CEO Success Study, elaborado pela consultoria estratégica da PwC, a Strategy&

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – De acordo com a pesquisa CEO Success Study, elaborada pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC, o número de CEOs que foram afastados de seus cargos por desvios éticos nas empresas teve um aumento de 36% nos últimos cinco anos.

A consultoria analisou as trocas de comando das 2,5 mil maiores empresas de capital aberto do mundo, nos últimos dez anos, e identificou que a troca de CEO por conta de questões éticas aumentou de 3,9% entre 2007 e 2011 para 5,3% entre 2012 e 2016. O Brasil, junto da Índia, Rússia e China, que formam juntos o BRIC, foi o país onde esse o aumento foi maior, de 141% no número de CEOS foram afastados por má conduta.

“O aumento no número de CEOs afastados por questões éticas mostra uma tendência crescente entre as empresas de combater práticas que causem danos à sociedade e aos negócios. Empresas em todo o mundo estão reforçando suas práticas de governança e priorizando mercados onde os riscos são menores”, explicou Ivan de Souza, sócio da Strategy&.

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A falta de tolerância com má conduta empresarial é uma tendência, de acordo com a consultoria, que é implantada pelas empresas desde 2007, ano da crise financeira dos Estados Unidos que, causada pelo abuso na concessão de créditos imobiliários. Outros motivos, como o uso de e-mail e das redes sociais, fazem com que as empresa fiquem ainda mais atentas à conduta dos CEOs e possíveis desvios éticos.

 

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Ainda assim, no Brasil e nos demais países do Cone Sul (Argentina e Chile) a taxa de rotatividade de CEOs caiu de 21,2% em 2015 para 17,7% em 2016. Essa taxa de turnover ainda é a maior do mundo.

Em todo o mundo, a taxa de novos CEOs que são mulheres não chegam a 4%: entre todos os executivos que se assumiram o cargo no ano passado, somente 3,6% são mulheres. Em 29015, essa taxa foi ainda menor, de 2,8%.