Nove verdades e uma mentira na hora de montar o currículo

Fundação Estudar, de Jorge Paulo Lemann, dá dicas para quem inicia a carreira  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Porta de entrada para o mercado de trabalho, o currículo é um documento que deve ser montado com o maior cuidado possível, seja qual for a idade e a ambição de carreira do profissional.

A Fundação Estudar, uma das ONGs de Jorge Paulo Lemann, entrou no jogo das “nove verdades e uma mentira” e listou dicas para montar o seu. Confira abaixo e tente identificar o que está incorreto – a resposta está no final.

1.     É preciso ser sucinto. O currículo ideal não ultrapassa uma folha de papel – e a exceção é para profissionais com vários anos de experiência, que podem chegar a duas páginas. A dica para todos é contar sua trajetória profissional de maneira concisa e objetiva.

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2.     Deixe claro o seu objetivo profissional. É preciso destacar qual a área em que você pretende trabalhar. Defina um único setor de atuação, seja ele o administrativo, comercial ou de recursos humanos, por exemplo – nunca todos eles. Já profissionais em início de carreira tem aval para incluir um objetivo um pouco mais generalista.

3.     Aposte em sobriedade. Exceto profissionais que atuam em áreas criativas, como design e publicidade, um currículo deve sempre ser visualmente discreto. Os principais conselhos são: folha de papel branco, formatação simples, cores básicas (como preto e azul marinho) e fontes mais tradicionais. E a linguagem deve ser sempre formal!

4.     Não é preciso incluir em seu currículo os resultados obtidos e entregas realizadas em cada empresa ou durante a faculdade. Trata-se de um conteúdo supérfluo, uma vez que esse assunto será abordado com mais calma durante as próximas conversas com o recrutador.

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5.     Cuidado com o português. O currículo é a porta de entrada para a empresa na qual você deseja trabalhar e, por isso, qualquer tropeço logo ao chegar pode ser decisivo. Um erro de português ou digitação costumam causar má impressão ao recrutador e são fator determinante na hora da triagem inicial de candidatos. Por isso, revise cuidadosamente o conteúdo do seu CV, use ferramentas online de correção ortográfica ou até mesmo peça apoio de um conhecido para ter certeza de que não deixou passar nada.

6.     Não use adjetivos generalistas. Listar suas qualidades de maneira pouco específica não causam nenhuma boa impressão. Muitos profissionais incluem em seus currículos termos como dinâmico, perfeccionista, orientado para resultado, etc., mas isso não diz nada ao recrutador. Melhor, portanto, é aproveitar para redigir suas conquistas de trabalho que evidenciam cada característica.

7.     Não esqueça do seu contato. Um dos itens básicos do currículo é o meio de contato para a empresa falar com você, caso se interesse pelo seu perfil. Incluir número de telefone e e-mail são requisitos básicos para garantir sua presença na próxima etapa do processo seletivo. E fique de olho na caixa de entrada: muitas oportunidades podem ser perdidas se você não estiver atento às novas mensagens.

8.     Mentir, mesmo que só um pouquinho, nunca é uma opção. No meio profissional, muitos se conhecem para além da sua própria empresa – e se conversam. Isto significa que, se você incluir no seu currículo um cargo ou função diferente da que realmente fazia anteriormente, facilmente o recrutador pode checar com algum conhecido se aquilo é verdade ou não. E, em casos de informação inverídica, é certo que o profissional perderá todas as chances de trabalhar naquela organização – seja nesta ou numa próxima oportunidade.

9.     Seja sincero sobre o domínio do inglês – ou outro idioma. Um dos erros mais comuns é contar que tem fluência em uma língua só para causar boa impressão. É o tipo de informação que costuma ser checada na hora da entrevista presencial. Mesmo quando você se candidatar para uma vaga que exige um nível mais alto de um idioma, o ideal é ser realista para não se frustrar nas próximas etapas do processo seletivo ou assumir uma vaga, por exemplo.

10.  Passar por diferentes áreas e empresas não mancha o currículo. Por mais surpreendente que possa ser, há como justificar mudanças de organização e trilhas de carreira sem causar má impressão ao recrutador. O mais importante é mostrar consistência em sua trajetória, especialmente quanto ao seu processo decisório na hora de fazer uma alteração de rota profissional. Ao mostrar que suas experiências sentido umas com as outras, ao invés de serem desconexas, você mostra uma trajetória lógica. Portanto, um currículo diverso, se bem explicado, não lhe trará problemas.

Mentira: 4.

A Fundação acredita que o conteúdo mais detalhado sobre realizações pessoais deve ser abordado no currículo, primeiro tipo de contato que o recrutador terá com a experiência do candidato.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney