“Agora tenho meus clientes e sou empreendedor”, diz ex-chefe do Safra que vai para Faros Investimentos

Henrique Villela chefiou por 12 anos a área de private banking do Safra no Rio de Janeiro

Equipe InfoMoney

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A saída de profissionais de grandes bancos para empreender em escritórios de agentes autônomos ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira 20. Chamou a atenção de todo o mercado o anúncio de que Henrique Villela, que chefiou por 12 anos a área de private banking do Safra no Rio de janeiro, se juntará à Faros Investimentos.

“A chegada do Villela é o reconhecimento de um trabalho que a gente vem desenvolvendo há sete anos. Seu background de private banking vai agregar muito ao nosso time”, afirma Samy Botsman, sócio-diretor da Faros Investimentos.

Maior escritório vinculado ao grupo XP Investimentos, a Faros tem hoje R$ 5,8 bilhões sob custódia e uma equipe de 34 assessores que atuam no segmento de private banking. O objetivo agora é expandir ainda mais a equipe com novos sócios que tenham experiência no segmento de alta renda. “Já fomos procurados por outros nomes importantes do mercado e estamos em conversas avançadas. Se eles vierem, podemos chegar a R$ 10 bilhões sob custódia em meados de 2019”, afirma Botsman.

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“O interesse do Villela é resultado de um escritório que cresceu oferecendo um serviço imparcial e próximo ao cliente de private”, afirma Caio Peres, head de expansão da XP Investimentos. Villela se juntará ao time após a certificação e credenciamento junto à Ancord. Confira a seguir a entrevista do executivo ao InfoMoney.

Como foi o desenvolvimento da sua carreira até aqui?

Meu foco sempre foi banco de investimentos. Trabalhei cerca de doze anos no banco Icatu e depois mais seis anos no grupo BBM, que também é importante na área de investimentos. O Safra foi o primeiro grande banco e já foi um movimento diferente na minha carreira, que foi sempre focada em investimentos.

E como se deu a mudança para um escritório de de agentes autônomos? Você acompanhava esse mercado?

Eu estava há muito tempo no Safra, sempre focado na parte de investimentos e, por ter esse foco, acompanhei muito de perto esse crescimento dos escritórios de investimentos. Vi que esses escritórios traziam uma oportunidade de empreender nesse setor, algo que até então não existia. Esse movimento despertou a vontade de empreender. Eu conheci os sócios da Faros há cerca de três anos e desde então vim amadurecendo a ideia de empreender. Vi que agora fazia todo o sentido partir para esse novo desafio, por isso decidi procurar o Samy.

O que te levou a tomar essa decisão justamente em 2018, um ano cheio de altos e baixos para os investidores brasileiros? Algo foi decisivo?

Ainda há um grande espaço neste mercado de assessoria de investimentos, o Brasil está iniciando esse processo. Inclusive lá fora é um mercado muito mais desenvolvido. Não estamos mais no início, mas ainda tem muito pela frente, muito o que crescer. Eu vejo que hoje o cliente também está aceitando e entendendo muito mais esse modelo, que era novidade há alguns anos. A força do grupo XP também cresceu muito. Enfim, nesses três anos esse modelo avançou muito.

E o que a XP e a Faros têm de vantagem em relação aos concorrentes?

A independência, com certeza. A plataforma é extremamente aberta. Os bancos ainda têm limitações, por mais que tenham a plataforma aberta. A independência de a gente trabalhar essa questão da carteira do cliente de uma forma autônoma, menos engessada do que um banco tradicional, faz toda a diferença.

E quais são suas expectativas na Faros? Sua rotina mudará muito?

Eu vou ter uma carteira própria, então isso muda um pouco do que eu vim fazendo ao longo desses últimos anos, que era mais focado em gestão. Eu também fazia muito a parte de relacionamento com cliente, mas agora isso se intensifica. A questão é que agora eu sou empreendedor. Eu não tenho mais as metas do banco, de produtos, eu tenho as minhas metas pessoais.

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