Nos EUA: empresas demitem e quem sofre mais são os imigrantes

"É mais comum para as empresas reduzirem horas e demitir. Com isso, elas podem decidir quem manter", diz professor de Iowa

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, analisaram o impacto da crise nos salários e no trabalho imigrante nos Estados Unidos.

O que foi detectado é que as empresas resolveram simplesmente demitir os trabalhadores, o que afetou, principalmente, os estrangeiros.

Na crise

No último ano, nos Estados Unidos, o professor detectou que os ganhos reais dos trabalhadores subiram 4,3%, em toda a indústria, salvo exceções como as indústrias de extração, madeireira e manufaturadas.

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“Disso, você pode dizer que somente uma minoria de trabalhadores experimentaram cortes nos ganhos. É muito mais comum para as empresas reduzirem as horas e demitir. Com isso, elas podem decidir quem manter”, disse o professor. E quem mais sofre com essa seleção é a mão-de-obra imigrante.

De acordo com o cientista Dave Swenson, as famílias norte-americanas reduziram os gastos em atividades como hotéis, restaurantes, construção, segurança e serviços, que empregam mais imigrantes, o que acarretou as demissões. “Todas essas categorias têm um número desproporcional de trabalhadores nascidos em outros países”.

No lado positivo dessa história, está o setor de processamento de carnes dos EUA, que se encontra relativamente estável – afinal, as pessoas continuam comendo -, então os estrangeiros estão aptos a continuar a trabalhar nesse setor.