No trabalho, tem “panes” na memória? Não se assuste, é mais comum do que parece

Volume expressivo de informações que profissionais devem absorver durante o dia extrapola as mais complexas condições humanas

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SÃO PAULO – Como um HD qualquer, nosso cérebro precisa armazenar informações e deletar outras para continuar funcionando em perfeita forma. O que talvez possa diferenciar nossa memória da de um computador é que nós não podemos “comprar” uma carga extra em uma loja de informática e simplesmente incorporá-la ao nosso sistema.

Contudo, o volume expressivo de informações que profissionais devem absorver durante o dia extrapola as mais complexas condições humanas. Desta forma, lapsos de memória, avaliam os profissionais da saúde, são mais comuns do que se imagina. 

“Esse processo é conhecido como superexposição à informação, um processo químico das células que fazem o armazenamento definitivo de informação. Ela é limitada, sempre haverá troca [apagar memórias] para ter mais espaço, só que o ser humano não aceita isso”, afirma a coordenadora do departamento de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia, Márcia Fagundes Chaves.

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Limpeza no sistema
Por conta da quantidade de informações, explica Márcia, a consolidação da memória demora horas ou dias. Para melhorar a capacidade do cérebro, é necessário perder registros passados.

“Por que iremos lembrar onde deixamos o carro há um mês? Se for assim, por exemplo, como iremos lembrar onde deixamos o carro no momento atual?”, questiona Márcia. 

De acordo com a profissional, lidamos com prioridades, por isso retiramos o que não é inteligente. “Algumas pessoas são privilegiadas, pois nem todo mundo tem uma boa memória. Cada pessoa tem de prestar atenção em como funciona, pois não somos iguais neste ponto”.

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O que fazer para não esquecer do trabalho?
“Quando meu cérebro lota, eu tenho de parar para examinar a minha capacidade, analisar o meu estresse, aceitar as condições. Sem uma pausa, tudo pode ser prejudicado”, classifica a coordenadora.

Para Márcia, o profissional mais esquecido deve disponibilizar de recursos extras que achar mais interessantes, como agendas, arquivos, telefones, cadernetas e outros. Anotar tudo o que achar importante é a dica.

“Crie um arquivo, monte pastas, anote em algum caderno. No momento que a pessoa anota o compromisso, ela também contribui para gravar a informação com mais facilidade”, finaliza.