No processo de seleção, como empresas identificam um profissional inovador?

Busca por esse profissional cresce cada vez mais, mas como as empresas o identifica e como alguém se torna inovador?

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A busca por um profissional inovador, que trará soluções para diminuir gastos ou aumentar o lucro, é cada vez maior nas empresas. No processo de seleção, é comum que o recrutador avalie características da pessoa que possam indicar se ela é ou não inovadora em seu trabalho.

“Inovar é pegar algo que já existe e, em cima disso, fazer algo que não existe. Transformá-lo em uma coisa melhor. Isso tem a ver com criatividade, percepção e visão, e existem dinâmicas e jogos para ver se a pessoa é criativa, ou se a sua personalidade é mais fechada ou de rebeldia. Agora mesmo deve ter gente pensando em como ganhar dinheiro com a gripe suína. Mas só vai ser inovador se for além do lencinho”, explica o diretor-executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber.

Ele lembra que a inovação dificilmente está naquela pessoa fechada, centralizada e metódica, mas sim no profissional mais aberto a novas experiências, e é isso que as empresas procuram identificar no processo seletivo.

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Motivação

Kelber também afirma que uma forma comum de avaliar se o candidato ao emprego é inovador é questioná-lo sobre a sua motivação. “Com isso, é possível ver se a pessoa está disposta a inovar”, diz.

Mas o principal fator que as empresas levam em consideração no processo seletivo, de acordo com o diretor, é a experiência profissional. “É a experiência que conta no perfil da pessoa inovadora. Essa é uma característica que se adquire com o tempo. Um profissional sem experiência pode até ter boas ideias, mas só vai ser inovador em um determinado contexto”, explica.

Nesse caso, de acordo com Kelber, as referências de empregos anteriores poderão significar uma grande ajuda para conseguir a vaga. “Se ele der referência, já é meio caminho andado, porque não é só falação. É comprovação prática”.

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Já no processo de seleção de um estagiário ou trainee, o diretor afirma que as empresas irão considerar mais a avaliação da personalidade do candidato, pela criatividade e motivação que demonstrar no processo seletivo. “Quando o profissional está começando, a empresa irá analisar se a pessoa tem capacidade de fazer algo diferente”. Ele lembra que, no processo de seleção, existem dinâmicas e jogos para ver se o candidato propõe soluções básicas ou diferentes.

Como ser inovador

Apesar de a inovação ser uma característica que o profissional irá adquirir com o tempo, Kelber considera que há algumas atitudes que podem ajudar. “Para ser um profissional assim, tem de pesquisar, para entender o que o cliente quer. A inovação não é simplesmente propor qualquer coisa. A proposta tem de ser viável, daí a importância de pesquisar como a implementação da sugestão vai trazer resultados”, diz.

Nesse sentido, é importante procurar referências sobre como um produto ou serviço nasce e como acaba caindo no esquecimento. Aprender a lidar com o risco também é essencial, pois, na busca por novas ideias, sempre há um risco envolvido.

Por último, Kelber ressalta que fazer coisas que não fazem parte do dia-a-dia do profissional pode ajudar na busca pela inovação, como assistir uma palestra de biologia, embora trabalhe com engenharia. “Precisa sair da caixa, porque senão a mente fica cega e a pessoa não fica inovadora”, considera.