No Dia do Fonoaudiólogo, conheça as áreas de atuação na profissão

Mercado de trabalho para o fonoaudiológico teve avanço substancial, com aumento de ofertas de trabalho e de concursos

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (9) é comemorado o dia do Fonoaudiólogo no Brasil. A profissão – responsável pela realização de pesquisa, prevenção, avaliação e terapia na área da comunicação oral e escrita – pode comemorar o aumento das ofertas de trabalho e de concursos públicos nos últimos anos.

De acordo com o Conselho Regional de Fonoaudiologia da 2ª Região (Crefono 2), responsável pelo estado de São Paulo, são abertos por ano, aproximadamente, 120 postos de trabalho nas empresas privadas, que vão de consultórios, clínicas, empresas de aparelhos auditivos a até mesmo consultorias em saúde.

Entre as oportunidades públicas, somente no segundo semestre de 2010, foram abertos mais de 20 processos seletivos na área. A maioria das vagas é aberta pelas prefeituras, o que demonstra a necessidade da presença do fonoaudiólogo em todos os municípios.

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Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o fonoaudiológico teve avanço substancial principalmente no estado do Amazonas. O motivo dessa expansão foi o estimulo, pelo governo federal, da demanda por fonoaudiólogos especializados em Audiologia Ocupacional, após a implantação de indústrias na região, fazendo com que as empresas fossem obrigadas a realizar exames periódicos em seus funcionários.

“Manaus é uma cidade que tem um polo industrial muito grande, atrai muitas atividades direcionadas à Audiologia. Outra área que ainda carece de fonoaudiólogos é a educação”, avalia a representante de Manaus no Crefono 5, Thelma Alcântara.

Para a especialista que atua em Audiologia Ocupacional no Rio de Janeiro, Márcia Cristina Menezes da Rocha, o profissional que pretende acompanhar esse mercado deve se aperfeiçoar.

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“A área está em franca expansão, acompanhando o crescimento econômico do País e, embora não seja necessário, é importante que o profissional busque se especializar, pois a capacitação e o aprimoramento técnico e científico são processos contínuos e devem ser buscados ao longo de toda a trajetória”, diz a especialista.

Fontes públicas
Um outro caminho para entrar na área pode ser encontrado na saúde coletiva, que tem ganhado fortes incentivos nos últimos anos, avalia a presidente do Crefono 7, Marlene Canarim Danesi.

“Entre 2003 e 2005, ela voltou a ser divulgada [a ocupação], e agora já temos profissionais no mercado. Houve aumento, mas ainda temos como crescer”, afirma Marlene. Segundo ela, algumas universidades inseriram nos currículos estágios no Sistema Único de Saúde (SUS) e disciplinas sobre saúde coletiva.

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Na região Nordeste, em especial o Ceará, a saúde coletiva está solicitando muitos profissionais. “Muita gente está indo para o interior trabalhar nessa área. Alguns vêm fazer a graduação em Fortaleza e já retornam para a cidade natal com projetos relevantes”, diz o conselheiro do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Charleston Teixeira Palmeira.

Perspectivas
O trabalho do fonoaudiólogo não se limita apenas aos ambientes empresariais e hospitalares. Uma robusta gama de escolas também solicita os serviços desse profissional.

“O mercado está melhorando, os outros profissionais estão tendo mais conhecimento da área, o que aumenta a demanda. Quem mais encaminha pacientes são os professores. Os pais muitas vezes não reconhecem que pode haver um distúrbio”, revela a fonoaudióloga educacional Gabriela Amâncio Bolina.

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Além deste nicho, a fonoaudiologia forense, área de atuação ainda recente, que analisa e busca provas documentais sobre casos de saúde, deve se expandir nos próximos anos. 

“Atuamos em todas as áreas que fundamentam a fonoaudiologia, podemos fazer identificação biométrica com base em imagens, em que se observam gestos, mímicas, tipo facial, medições cefalométricas etc.”, afirma a coordenadora técnica do setor de Fonoaudiologia Forense do Ministério Público do Rio de Janeiro, Maria do Carmo Gargaglione.