No Dia do Advogado, saiba quais as áreas promissoras na profissão

De acordo com profissionais da área, direito digital, empresarial, ambiental e internacional são bastante atrativos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A profissão é bastante tradicional, mas não perde seu glamour. Continua a ser prestigiada e se engana quem pensa que, com o passar do tempo, ela deixou de ser promissora. Muito pelo contrário, a advocacia ganha cada vez mais seguidores.

E, nesta terça-feira (11), data em que é comemorado o Dia do Advogado, conversamos com alguns profissionais da área para saber o que diz o futuro em relação a essa profissão. As respostas foram as mais positivas possíveis, mas uma chamou atenção: é preciso se especializar cada vez mais, se o profissional quiser sobreviver no mercado de trabalho.

De acordo com o sócio do escritório Edgard Leite Advogados Associados, Giuseppe Giamundo Neto, formado há cinco anos, a profissão continua sendo “bonita e desafiadora” para quem se dedica e procura se aprimorar sempre.

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Já para a experiente Martha Solange Scherer Saad, que é coordenadora do curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a carreira permanece em alta sempre, uma vez que é necessária para a sociedade.

Armadilhas

Mas quem quer sobreviver nesse mercado deve tomar cuidado com as armadilhas. Dentre elas, estão as faculdades de segunda linha e a acomodação.

De acordo com Giamundo, o fato de ser necessária a passagem pelo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) faz com que haja uma seleção entre as pessoas que se formam em Direito, o que traz mais segurança para a sociedade.

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“Sobre a proliferação de muitos cursos na área, vejo mais como uma preocupação pelo estudante, que vai ter mais dificuldades em passar na OAB ou em um concurso público”, explicou, em referência às faculdades de segunda linha.

A outra armadilha para o estudante de direito é a acomodação. Nessa área, ao contrário de outras existentes no mercado de trabalho, o profissional generalista não tem muitas oportunidades. A estratégia mais eficiente é a de se especializar, já que o direito é uma disciplina vasta, abrangente e, em muitos casos, complexa. “É difícil todo mundo saber de tudo”, ressaltou Giamundo.

Especializações em alta

E as especializações mudam de acordo com as necessidades das sociedades. Você imaginaria, nos anos 1980, que precisaria contratar um advogado porque alguém invadiu seu computador, roubou sua senha do banco e zerou sua conta? Pois é, o direito digital, uma área vista como promissora, não existia há alguns anos.

“Há uma procura maior hoje por especializações em direito digital, de telecomunicações, empresarial, ambiental e internacional“, explicou Matha. Mas as tradicionais continuam tendo espaço. “O direito está em constante evolução porque todos os dias surgem novos conflitos”.

O estudante, ao sair da faculdade, além dos escritórios de direito, ainda pode escolher as consultorias, a vida empresarial ou as ONGs (Organizações não Governamentais). “O executivo com formação jurídica é muito bem-visto pelo mercado de trabalho, em razão da cultura geral que o curso oferece”.

Área saturada?

E é exatamente pelo surgimento de novas áreas que os entrevistados responderam que o Direito não é uma carreira saturada. “A concentração de muitas faculdades em São Paulo pode levar a essa ideia, mas o campo é grande. Há concentração na capital, mas não vejo como um mercado saturado”, respondeu Martha.

Porém, para conquistar o “lugar ao sol”, ela explicou que o estudante precisa ser habilidoso com as palavras, saber escrever e ser questionador. Além disso, ele precisa ter boa capacidade de interpretação de textos, porque deve interpretar a lei para conciliar conflitos.

“Em relação ao retorno financeiro, vai depender da estratégia que o estudante adotar, que deve ser de se especializar e estar aberto às oportunidades”, ressaltou Martha.