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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) revelou que conciliar trabalho com os estudos é um desafio para o jovem comerciário. De acordo com os dados, a jornada média semanal do jovem comerciário que estuda variou, no ano passado, de 39 horas em Recife para 42 horas no Distrito Federal.
“Por um lado, sua renda é importante para a família; por outro, a não qualificação do jovem implicará a manutenção de baixos níveis de rendimento e comprometerá a sua trajetória profissional”, diz o boletim Trabalho no Comércio, que foi divulgado na segunda-feira (11).
Sem estudo
A pesquisa mostrou que, em 2008, havia uma grande proporção de jovens ocupados no comércio que não estudava. Segundo dados do Sistema PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), mais de 70% da juventude comerciária estava longe das escolas em todas as regiões analisadas. O distanciamento pode ser explicado pela elevada jornada de trabalho, conforme a tabela:
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Cidade | Jovem que estuda | Jornada do jovem que estuda | Jornada do jovem que não estuda |
Belo Horizonte | 27,4% | 40 horas semanais | 44 horas semanais |
Distrito Federal | 28,2% | 42 horas semanais | 46 horas semanais |
Porto Alegre | 28,7% | 41 horas semanais | 47 horas semanais |
Recife | 27,6% | 41 horas semanais | 48 horas semanais |
Salvador | 28,7% | 39 horas semanais | 45 horas semanais |
São Paulo | 25,3% | 41 horas semanais | 46 horas semanais |
Fonte: Dieese
Em relação ao nível de escolaridade, a pesquisa mostrou que cerca de 60% dos comerciários entre 16 e 24 anos tinham, em 2008, ensino médio completo ou superior incompleto, enquanto cerca de 25% tinham ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto.