Não ser reconhecido no trabalho é o fato que mais desagrada estagiários

Estudo revela 36% deles costumam 'sair do sério', ao perceberem que seus esforços não são reconhecidos pelos gestores

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Nem o mau humor de um gestor ou mesmo a falta de habilidade dele para tratar os jovens profissionais de uma equipe costumam irritar tanto um estagiário quanto a falta de reconhecimento da supervisão pelas atividades executadas. Ao que parece a situação chega a ser tão incômoda, que, segundo um recente levantamento realizado pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), das 7.996 pessoas consultadas, 36.32% delas afirmaram ‘sair do sério’, ao não ter o próprio trabalho reconhecido.

“Não ser reconhecido em um primeiro momento é ruim para o estagiário que está construindo sua carreira, pois o jovem já não dispõe de tanta experiência profissional e depende muito do seu gestor, que lhe serve de espelho, para a execução de suas atividades”, diz a coordenadora de treinamentos internos do Nube, Eva Samanta Buscoff.

Respeito em jogo
O levantamento, realizado entre os dias 6 e 17 de fevereiro, apontou ainda que a situação chega a ser tão ruim, que não raro perturba mais do que a própria falta de respeito, sendo que este último item é o que faz com que 30% dos estagiários consultados – o equivalente a 2.399 pessoas – saiam do sério.

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E desrespeito à parte, a tolerância ao ser advertido na frente de outros colegas da companhia também não costuma ser das melhores. De acordo com o levantamento, nesta categoria, 23.91% dos jovens informaram ser contra este tipo de represália em público.

“Os jovens querem ser respeitados, reconhecidos, mas nem sempre fazem isso da maneira tradicional. Essa característica é muito comum na Geração Y mesmo. Contudo, é preciso lembrar que reconhecimento e respeito não se ganham do dia para a noite, mas se conquistam com o tempo. Por isso, é preciso ter paciência”, diz Eva.

Outros
Outras atitudes que costumam irritar os entrevistados são não ser ouvido (6,32%) por seu gestor e ter suas ideias “roubadas” pelos colegas (3,45%).