Não é só para jovens e estudantes: intercâmbio atrai executivos!

"Turmas são formadas no máximo por seis executivos, o que permitiu ampliação do meu networking", conta empresário

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Quando se fala em intercâmbio, logo se imagina um jovem que vai mudar para outro país para aprimorar o idioma e conhecer uma outra cultura, pensando em sua carreira. Mas essa ideia já está sendo deixada para trás, uma vez que cada vez mais executivos buscam a modalidade de viagem, também de olho na vida profissional.

Este é o caso do empresário gaúcho Beto Conte, que fez um curso de International Business Communication, na The London School of English, que foca em simulações de reuniões, negociações e apresentações em inglês que reproduzem cenários reais do mundo dos negócios.

“As turmas são formadas no máximo por seis executivos de diferentes partes do mundo, o que permitiu ampliação do meu networking, pois estudei com um parlamentar sueco, um diretor de banco francês, um consultor japonês da Ernst & Young e um industrial iraniano”, conta. “Uma verdadeira experiência multicultural e extremamente produtiva”, revela.

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Procura por intercâmbio
Em operadoras de turismo que atuam no Brasil, a procura por cursos de intercâmbio voltados para este público aumentou 40% no ano passado, sem reflexos da crise, o que foi alavancado por profissionais que decidiram investir na carreira por meio de programas de educação internacional com a intenção de aumentar sua competitividade no mercado de trabalho.

De acordo com a gerente de Cursos no Exterior da STB (Student Travel Bureau), Marcia Mattos, as áreas mais procuradas são as de Direito, Marketing, Finanças, Recursos Humanos e Comunicações.

Na CI, a gerente de Cursos no Exterior e Idiomas, Luiza Vianna, explica que os cursos para executivos são formados por pequenos grupos e combinam o idioma com aulas particulares com foco para o negócio do profissional.

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“Os objetivos deles são muitos, mas os principais são adquirir experiência internacional, muito valorizada por grandes empresas hoje em dia, ampliar seu networking e aperfeiçoar o segundo idioma”, afirma.

Mão no bolso
Em geral, os executivos buscam cidades grandes, como Londres, Nova York, São Francisco, Toronto e Vancouver, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá.

Mas quem quer partir para um intercâmbio deve colocar a mão no bolso. Um curso de quatro semanas na Inglaterra, por exemplo, custa a partir de 1.820 libras mais a taxa de R$ 215 na STB. Na CI, um curso também de quatro semanas em Londres custa a partir de 2.606 libras. É importante analisar questões como tipo de acomodação, qualidade da escola e do curso e localização, antes de comparar preços.

Segundo Luiza, a má notícia é que nem sempre os executivos contam com ajuda da empresa para custear o intercâmbio. “Muitas empresas têm planos de incentivo, mas, em contrapartida, muitas não os têm e, quando isso acontece, é o próprio executivo que custeia esse investimento”.

Período sabático
O intercâmbio também é interessante para quem quer um período sabático. Você sabe o que é isso? O termo vem do vocabulário hebraico e significa repouso. Corresponde ao dia de recolhimento semanal dos judeus. Para se ter uma ideia, referia-se, no Antigo Testamento, ao período em que a terra ficava sem cultivo, depois de um ciclo de fertilidade.

“Esta é uma fase indicada até mesmo aos já estabilizados profissionalmente, mas que precisam de um tempo para reavaliar as possibilidades no mercado de trabalho e obter mais espaço para a realização pessoal, refletir sobre a sua vida, sua carreira e seus objetivos”, explica Marcia.

O período sabático é diferente das férias, uma vez que esta última está apenas relacionada ao lazer e ao descanso. Normalmente, o tempo em que a pessoa fica afastada do trabalho no período sabático é superior aos 15 ou 30 dias das férias. Além disso, o profissional encerra o vínculo que tinha com a empresa em que atuava, por isso, precisa se garantir financeiramente para embarcar neste período.