Mulheres só ganharão o mesmo que homens em 202 anos, diz Fórum Econômico Mundial

No Brasil, as mulheres recebem cerca de 74% do salário masculino, colocando o país em 92° local no ranking

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – A diferença salarial entre mulheres e homens “é tão grande que levará 202 anos para ser completamente sanada”, segundo o Fórum Econômico Mundial (FEM).

Ao redor do mundo, as mulheres recebem em média 63% do salário dos homens pelo mesmo trabalho. Apesar dessa disparidade ter diminuído de 2017 para 2018, o ritmo de mudança ainda está “muito lento”, diz a entidade.

“O quadro geral é de que a igualdade de gênero estagnou. O futuro do nosso mercado de trabalho pode não ser tão igual quanto pensávamos em nossa trajetória”, disse Saadia Zahidi, diretora das agendas sociais e econômicas do FEM.

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Como mostra o relatório divulgado em dezembro, não existe um único país no mundo em que as mulheres sejam pagas com o mesmo salário dos homens.

A República Democrática Popular de Laos, país asiático, é o que mais chega perto, com pagamento médio das mulheres alcançando 91% do masculino.

Não muito distante, no mesmo continente, Iêmen, Síria e Iraque detêm as maiores diferenças salariais entre gêneros. Lá, as mulheres recebem menos de 30% do salário masculino.

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Dos 149 países, o Brasil ocupa a 92ª posição no ranking de igualdade salarial. Aqui, em média, as mulheres recebem 26% a menos que os homens (74% do salário), segundo o levantamento.

Para classificar os países, foram analisadas também as oportunidades de estudo, taxas de saúde e sobrevivência e participação política das mulheres.

Quando observados apenas os cargos de gerente, a participação feminina diminui ainda mais. “Apenas 34% dos gerentes globais são mulheres. No local de trabalho, elas ainda encontram obstáculos significativos ao assumir funções gerenciais ou de altos funcionários”, diz o relatório.

Em termos de participação política, o Brasil recebeu nota 0,1, correspondente ao 112° lugar no ranking. Apenas 17 dos 149 países possuem uma mulher como chefe de estado. Segundo o Fórum Econômico Mundial, essa diferença levará cerca de 107 anos para ser sanada.

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