Mulheres se frustram por não conseguirem equilibrar funções

De acordo com a especialista, esta situação tem causado estresse e depressão nas mulheres. O cenário piora quando ela é chefe

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – No mundo corporativo, é comum encontrar mulheres que desejam ser excelentes profissionais e mães. Entretanto, as inúmeras obrigações dos dois papéis têm feito com que as mulheres enfrentem um dilema. Muitas se sentem culpadas por trabalhar demais e dedicar pouco tempo aos filhos.

Uma pesquisa realizada pela psicóloga Francisca Celina Guimarães, com mulheres entre 30 e 45 anos, revela que as profissionais sentem orgulho de trabalharem e serem mães ao mesmo tempo, mas enfrentam dificuldades de equilibrar as funções. 

“Para o sistema capitalista, é muito conveniente que as mulheres façam tudo. Ninguém está preocupado com o preço que elas estão pagando”, afirma.

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Depressão e estresse
De acordo com a especialista, esta situação tem causado estresse e depressão nas mulheres. Este quadro é comum nas clínicas de psicologia. 

Quando o cargo ocupado por estas mulheres é de liderança, a situação tende a piorar. Para a professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília), Ana Lúcia Galinkin, estas mulheres estão sempre se cobrando e sendo cobradas. “Estão sempre sob uma lupa que aumenta as menores falhas”, diz.

Educação do País
Já a professora da Faculdade de Comunicação da UnB, Tânia Montoro, aponta que a situação atual da mulher no mercado de trabalho não foi acompanhada pela educação brasileira, que dá três meses de férias às crianças e um período de cerca de quatro horas na escola. 

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Enquanto isso, as mulheres têm um mês de descanso e uma jornada de oito horas – ou mais – de trabalho. “As escolas funcionam como se as mulheres ainda ficassem em casa”, finaliza.