Mulheres ficam mais tempo na escola dos que os homens

Segundo o IBGE, os homens contam o dobro das mulheres analfabetas; a situação se inverte apenas nas faixas etárias mais elevadas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se estudo e educação constroem mesmo formadores de opinião, as mulheres devem decidir os rumos do Brasil em um futuro não muito distante. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2004 elas ficavam mais tempo na escola e somavam apenas a metade da quantidade de analfabetos homens.

Além desses dados, o levantamento constatou que o analfabetismo está caindo e mostrou a cara e o bolso dos universitários brasileiros.

Mulheres estudam mais

Independente da faixa de idade, o estudo informou que as mulheres estão em um nível escolar superior ao dos homens. Enquanto 26% delas concluíram pelo menos o ensino médio, entre os homens esse índice fica em 22,4%.

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Também entre as trabalhadoras, o nível educacional é superior ao do homem. Elas concluem o ensino médio em 40% dos casos; 10,8 pontos percentuais acima deles. Eles só são mais escolarizados em idades mais elevadas, resultado dos tempos em que as mulheres não eram estimuladas a estudar, como hoje.

Analfabetismo

Também de acordo com a pesquisa, enquanto as analfabetas somam 2,4% das meninas, esse índice mais do que dobra quando os meninos são analisados: 5,2% deles não sabem ler nem escrever.

Apesar desses dados, o total de analfabetos no Brasil vem diminuindo, mas ainda é de 10,5% da população acima dos 10 anos e de 11,4% para aquelas a partir dos 15 anos. Mesmo assim, somente 2,9% das crianças de sete a 14 anos não freqüentaram a escola no ano passado, informa o levantamento.

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Regionalismo

A boa notícia vem do Nordeste. Entre 1999 e 2004 o analfabetismo caiu 0,4% para estudantes a partir dos 15 anos. “Isso é muito positivo porque mostra que o esforço do governo na redução da taxa de analfabetismo, com o programa Brasil Alfabetizado, que tem dado resultados”, avaliou o diretor de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Timothy Ireland.

Mesmo assim, a região é a segunda em analfabetismo no País, com 3,9% das crianças entre sete e 14 anos. O Nordeste perde apenas para o Norte do País, com 5,1% de analfabetos nesta faixa-etária. Nas outras regiões, este índice cai para 2,8% (Centro-Oeste), 2,2% (Sul) e 1,9% (Sudeste).

Rede pública

A rede pública de ensino é um dos principais indicadores da desigualdade de oportunidades no Brasil. Enquanto as escolas públicas são a única opção de 75,7% daqueles que estudam, essa proporção cai para 26,1% quando o assunto é universidade pública: três em cada quatro universitários estudam em instituições particulares.

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Outra diferença gritante entre escolas públicas e particulares está na quantidade de alunos que se dividem por essas duas instituições. Enquanto a primeira abriga 5,5 mil alunos em cada unidade, a segunda não suporta mais do que 1,6 mil. Em compensação, esta segunda oferece o dobro dos cursos disponíveis nas públicas. No total, revela o Censo do Ensino Superior de 2003, o Brasil reúne 3,9 milhões de graduandos.