Mulheres em desvantagem no mercado de trabalho. O que fazer para mudar?

Salários e cargos mais baixos não devem desanimar; utilize o diferencial sensibilidade e delicadeza em prol do sucesso

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado na próxima quinta-feira (08), é importante refletir sobre a condição das brasileiras no mercado de trabalho do País. Apesar das conquistas, elas ainda são desprivilegiadas com salários e cargos mais baixos.

Um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais e pela empresa de recursos humanos Gelre, com dados dom IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do período de 1982 a 2003, confirma esta realidade: os salários dos homens chegam a ser 60% maiores que os das mulheres.

Desemprego as afeta mais

Para mulheres entre 15 e 24 anos, principalmente aquelas que correspondem à parcela de baixa renda da população, arrumar emprego é uma tarefa mais difícil do que para o restante dos trabalhadores, segundo estudo do economista Marcos Pochmann, professor da Universidade de Campinas (Unicamp).

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O economista caracterizou a situação das mulheres como a mais “dramática”. Para se ter uma idéia, entre 1995 e 2005, a taxa nacional de desemprego feminino passou de 14,1% para 25% – representando um aumento de 77,4%.

E o que fazer diante desta realidade?

Para as mulheres que buscam uma colocação no mercado de trabalho, é importante saber desta realidade, mas não se deixar abater por ela. Conquistar um lugar implica em conseguir lidar com as pessoas e ter conhecimento sobre a área que deseja atuar.

Diz-se que as mulheres são mais sensíveis, o que pode ser muito vantajoso na hora da procura por um emprego ou, até mesmo, ao tomar decisões em projetos e negociações, pois a sensibilidade implica em dar maior atenção a detalhes.

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Valorize as diferenças

De acordo com a pesquisa Women Business Owners as Decision Makers, realizada pelo Center for Women´s Business Research, as mulheres donas de negócios se baseiam muito menos em fatos e informação (47%) para tomarem decisões do que os homens (71%).

Isso significa que as mulheres têm uma maneira diferente de lidar com o trabalho e que, se ela mesma não valorizar, não será considerada pela própria empresa em que atua.

Facilite a jornada dupla

O equilíbrio entre a vida em casa e no trabalho é um problema enfrentado pelas mulheres, mas que pode ser evitado.

As mulheres conseguem, apesar da jornada dupla de trabalho e casa, dedicar-se tanto quanto os homens ao emprego. Mas para ajudar nessa empreitada, as empresas podem utilizar horários flexíveis. Isso significa que sempre deverão ser feitas negociações em prol do sucesso profissional.