Mulheres de todo o mundo sofrem com cobrança e estresse, revela BCG

"Elas possuem critérios mais altos sobre elas mesmas. A vida se torna uma panela de pressão", diz sócio do BCG

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Elas são esposas, mães, filhas, amigas, colegas, empresárias, sócias… A mulher de hoje desempenha diversas funções e sente dificuldade em gerenciar o tempo para poder fazer tudo da melhor maneira possível. Cada vez mais presente no mercado de trabalho, ela coloca muita pressão sobre si e, diante de tudo isso, é difícil não ficar estressada.

Certamente você conhece alguma mulher que seja assim! Mas uma pesquisa realizada pelo BCG (The Boston Consulting Group), com 12 mil mulheres de 22 países, revelou que isso acontece em todo o mundo. Os dados resultaram na publicação do livro “Women Want More”, de Michael J. Silverstein e Kate Sayre, sócios do BCG.

“São elas que fazem a maior parte das tarefas e estão mais envolvidas nos cuidados com os filhos. Mas elas não têm a opção de não trabalhar fora, porque a família depende do salário delas. As mulheres querem que as empresas a ajudem a economizar tempo”, disse Silverstein, completando que elas são responsáveis por uma fatia cada vez maior da renda familiar e, em muitos casos, ganham mais do que os parceiros.

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Potencial produtivo

Os dados mostraram que as mulheres são donas ou sócias de 40% das empresas dos Estados Unidos, sendo que as companhias controladas por elas estão crescendo o dobro em relação à média e mais rapidamente do que as gerenciadas por homens.

Nos próximos anos, a renda delas irá crescer impulsionada por movimentos de equiparação salarial e por um aumento de 200 milhões de mulheres na população economicamente ativa. E essas profissionais que ingressarão no mercado de trabalho estarão bem preparadas: elas ocupam metade das vagas em universidades de todo o mundo.

“Pouquíssimas empresas em todo o mundo estão percebendo o potencial dessa parcela da população mundial”, destacou Silverstein. Hoje, há 1 bilhão de mulheres trabalhando, mas, em cinco anos, esse número crescerá para 1,2 bilhão.

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O estresse como consequência

A pesquisa revelou um significativo estresse entre as mulheres como resultado de questões de tempo e dinheiro. Para se ter uma ideia, 73% delas estão preocupadas por não economizarem de forma consciente e 47%, pela demanda por seu tempo. Um total de 45% disseram que não têm tempo suficiente para si.

Outro problema enfrentado pelas mulheres é que elas colocam muita pressão sobre si mesmas.

“Elas possuem critérios mais altos e até mesmo maiores expectativas sobre elas mesmas. Tais expectativas, combinadas com responsabilidades como cuidar da alimentação da família, educação, saúde e ainda trazer dinheiro para casa, criam um tremendo estresse. A vida se torna uma panela de pressão”, ponderou o sócio do BCG.