Mulheres de negócios têm ganhado espaço e gostam de luxo e conforto

Embora não sejam maioria, mulheres têm representatividade significativa nos grupos de empresários de sucesso

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Executivas de sucesso e formadoras de opinião, as mulheres têm ganhado espaço significativo dentro das relações do mercado de trabalho. Porém, ainda falta muito para que esse espaço seja equiparado ao ocupado pelos homens.

De acordo com estudo da Serasa Experian, as mulheres representam 40% daqueles que pertencem ao grupo dos Ricos, Sofisticados e Influentes. Dentro desse grupo, elas também ficam atrás nos subgrupos Empresários de Sucesso das Grandes Cidades e Executivos e Formadores de Opinião, embora tenham representatividade significativa de 39% e 36%, na ordem.

Segundo a professora e doutora em Sociologia, Cristina Panella, que participou do estudo, a presença das mulheres em altos cargos segue em uma curva crescente. “Ainda existe a disparidade porque o justo seria termos 50% de mulheres ocupando cargos executivos de alto escalão”, afirmou, por meio de nota.

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“Mas se pensarmos que este êxodo feminino para o mercado de trabalho teve início na década de 60, chegamos à conclusão que é um fenômeno recente, e portanto passível de acomodações”, ressaltou.

Como vivem as mulheres de negócios
Ao todo, 611 mil executivas pertencem ao subgrupo Empresários de Sucesso das Grandes Cidades, que reúne profissionais liberais ou empresários bem-sucedidos, que vivem em áreas nobres das grandes cidades e formam o grupo mais rico da sociedade brasileira.

Essas empresárias têm idade entre 40 e 60 anos e conseguiram materializar o seu sucesso profissional com o consumo de bens e serviços exclusivos. Em resumo, são mulheres que vivem com luxo e conforto.

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Já as mulheres que pertencem ao segmento Executivos e Formadores de Opinião vivem confortavelmente por conta dos altos ganhos de uma carreira profissional de sucesso como executivas, funcionárias públicas de alto escalão ou profissionais liberais.

Elas somam 340 mil dentro desse grupo e também consomem produtos de luxo por acreditarem que são merecedoras deles.

Força motriz da economia
O presidente da Unidade de Negócios de Marketing Services da Serasa, Juliano Marcilio, ressalta que, quando as mulheres passaram a ocupar espaço no mercado de trabalho, os hábitos da sociedade mudaram. “Hábitos alimentares que incluem comer em restaurantes, busca por serviços de creche, lavanderias, são alguns exemplos das mudanças”, disse.

Para o especialista, a mulher no mercado de trabalho movimenta a economia de modo positivo. “Agora, ela não só influencia as vendas, como decide pela compra e paga. Portanto, não é exagero pensar que a mulher inserida em certos grupos sociais se tornou uma espécie de força motriz da economia”, completou Marcilio.

Salários
Apesar do aumento da representatividade das mulheres no mundo dos negócios e do consumo exclusivo, ainda falta muito para que os salários delas sejam iguais ao dos homens que estão no mesmo cargo. “Mas rumamos para a equiparação”, acredita Cristina.