Mulheres contratadas são menos satisfeitas profissionalmente, diz estudo

Sem a possibilidade de flexibilizar horários, mulheres contratadas se mostram mais insatisfeitas que as autônomas e microempresárias

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – O número de mulheres satisfeitas no aspecto profissional é menor entre as contratadas formais. A informação é do Data Popular, que no estudo Tempo de Mulher mensurou o índice de satisfação das brasileiras no mercado trabalho.

De acordo com o instituto de pesquisa, das 3 mil entrevistadas em todo o País, apenas 37% se mostraram felizes com o contrato formal. Em contrapartida, o percentual de profissionais autônomas e microempresárias satisfeitas com seus modelos de contratação ficou registrado em 50% e 65%, respectivamente.

Segundo o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, tal diferença nos dados tem explicação. Afinal, sem a possibilidade de flexibilizar o próprio tempo, para dividir horas de trabalho com momentos de lazer e com a família, as mulheres empregadas se tornam menos realizadas em comparação àquelas que possuem mais independência.

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“Esta mudança é uma tendência e deve continuar. Hoje, a mulher valoriza o tempo e a gestão sobre ele. Então, se por um lado, ao optar por um regime informal, elas fiquem à mercê de uma certa instabilidade na renda, por outro, elas ganham flexibilidade para administrar melhor seu tempo”, diz Meirelles.

Sou satisfeita profissionalmente
Cargo Percentual
Empresária 65%
Autônoma 50%
Funcionária Pública 48%
Profissional Liberal 48%
Empregada 37%
Fonte:Tempo de Mulher, Data Popular (ago/2011)

Revelações
O levantamento, que analisou a opinião de mulheres nos 26 estados no segundo trimestre deste ano, apresentou também outras revelações.

Segundo informações do Data Popular, não foi apenas o percentual de satisfação que mudou. O número de mulheres que contribuem com a renda familiar também já não é mais o mesmo, especialmente no que diz respeito à classe C.

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“As mulheres da classe C passaram a contribuir mais com o total da renda familiar. Para se ter uma ideia, a cada R$ 100 obtidos na classe A, cerca de R$ 25 são de contribuição feminina. Já na classe C, o valor da colaboração das mulheres é de R$ 41. Ou seja, a mulher da classe C ficou mais poderosa”, afirma Meirelles.

Elas mandam mais
A pesquisa avaliou a percepção dos homens sobre o público feminino. Os resultados foram interessantes.

“Na avaliação, pudemos comprovar que os homens não têm a mínima noção dos anseios, angústias e do que essa nova mulher realmente pensa”, informa Meirelles.

Além disso, foi possível mostrar que, na avaliação do público masculino, as mulheres são as que mandam mais.

“Estas informações serão detalhadas no dia 9 de agosto, mas já posso adiantar que os dados serão surpreendentes, especialmente porque uma coisa é ouvir de uma mulher que é ela quem manda, outra é ouvir um homem assumir o fato”, explica Meirelles.