Mulheres: 59% sacrificariam a carreira para cuidar da família, diz pesquisa

Dados refletem característica cultural que prejudica as empresas, já que existe uma preocupação por talentos

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela Bain & Company revelou que 59% das mulheres e 53% dos homens estariam dispostos a abandonar sua vida profissional em nome da família.

O estudou apontou também que 80% dos homens acreditam que as suas esposas abandonariam a carreira para cuidar da família, enquanto 45% das mulheres disseram que seus maridos fariam o mesmo.

De acordo com o sócio da Bain & Company, Marcial Rapela, esses dados refletem uma característica cultural que prejudica as empresas, já que atualmente existe uma preocupação relacionada a talentos no mercado de trabalho.

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“A falta de preparo das empresas em lidar com a paridade entre os sexos agravará o apagão de talentos. As empresas devem lembrar que, nessa guerra de talentos, metade deles pode vir das mulheres”, afirmou Rapela.

Flexibilidade
A pesquisa também concluiu que as mulheres estão duas vezes mais propensas a seguirem uma carreira flexível e estão três vezes mais propensas a trabalharem meio período.

“As empresas precisam desenvolver processos de promoção e planos de carreira menos rígidos. Além de negociar uma licença-maternidade mais extensa e bem estruturada, apoiar a carreira da mulher, para que ela volte ao mercado de trabalho”, explicou Rapela.

Em relação à carreira e família, tanto as mulheres como os homens contribuem de formas diferentes, sendo que 90% dos homens e das mulheres disseram que podem ser o amparo da família. Porém, 56% dos homens concordaram que podem ser o principal responsável pelos cuidados de uma criança, enquanto para as mulheres esse índice é de 80%.