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SÃO PAULO – A independência financeira feminina e a conquista de um espaço maior no mercado de trabalho encorajam jovens mulheres a romperem cada vez mais barreiras na sociedade. Mas, um novo estudo revela que tais conquistas crescem em desencontro com a estabilidade dos casamentos, informou um estudo publicado no jornal The New York Times.
Segundo a publicação, uma das razões para o declínio dos casamentos estáveis é o crescimento do poder aquisitivo das mulheres. Mais seguras financeiramente, elas podem deixar casamentos infelizes. Por outro lado, os homens se sentem mais “frustrados”, uma vez que, como maridos, não são os principais provedores da família.
Na opinião das pesquisadoras da University of Chicago Booth School of Business, os homens incentivam o crescimento profissional das mulheres, porém o incentivo acaba quando elas assumem cargos mais relevantes que os deles. “É especialmente preocupante que essas normas sociais antiquadas sobre a identidade de gênero possam afetar negativamente a formação da família e da estabilidade”, descreveu a matéria.
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O estudo ainda aponta que as visões tradicionais de identidade de gênero, particularmente a visão do homem provedor, estão afetando as escolhas de com quem se casar, quanto trabalhar e até mesmo se quer permanecer casado. Com isso, o índice das pessoas que se casam muito jovens caiu de 50% para 30% entre 1970 e 2008.
As pesquisadoras ainda revelam que, mesmo com salários menores que os dos homens, os rendimentos das mulheres têm aumentado em relação ao público masculino nos últimos quatro anos.
