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SÃO PAULO – O eixo de negócios em alguns setores da indústria está sendo mudado das metrópoles da região Sudeste para capitais de outras regiões do Brasil. A avaliação é da presidente da empresa Dasein Executive Search, Adriana Prates. “Está havendo um deslocamento, sobretudo pelos altos investimentos que estão sendo realizados em diversas cidades do Brasil, com a ampliação e construção de novas unidades ou subsidiárias e, com a necessidade de atrair talentos, aumenta o padrão de remuneração dos executivos”, analisa Adriana.
A Dasein realizou um levantamento com cerca de 500 executivos de diversas regiões do Brasil, no primeiro trimestre deste ano, e constatou que o salário de executivos de algumas capitais brasileiras quase dobrou em um período inferior a quatro anos.
Com isso, as capitais da região Sudeste – Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte – já veem no retrovisor médias salariais de outras cidades do Brasil, como Recife, Fortaleza e Salvador encostar no seu padrão – antes tido como inalcançável.
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“O que ocorre é que aumentou muito o volume de negócios em regiões mais remotas, possibilitando o desenvolvimento de grandes empresas dos setores siderúrgico, metalúrgico, automotivo, minerador e de desenvolvimento tecnológico e, com os investimentos para erradicação da pobreza e os incentivos fiscais, há uma descentralização dos eixos de atuação das empresas, e, consequentemente, da demanda por profissionais”, explica Adriana.
Diretores
A pesquisa da Dasein ouviu diretores de planta, industriais, regionais e outros cargos similares e identificou que a melhor média salarial mensal do país (e nesse cálculo não entram bônus, décimo terceiro salário, plano de participação nos lucros ou outros benefícios) está no Rio de Janeiro, variando entre R$ 26.500 e R$ 60.000 (mensais), seguido de São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília. Os profissionais ouvidos são de empresas de médio a grande porte, com faturamento médio de R$ 500 milhões anuais.
A explicação, segundo a presidente da empresa, passa pela necessidade de que as empresas mantenham altos padrões salariais independentemente da região onde atuam, e ofereçam remunerações mais atrativas, próximas ou iguais, inclusive, da praticada em São Paulo.
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“Fora isso, há a questão das perspectivas de crescimento de carreira. Algumas cidades como Goiânia, por exemplo, oferecem uma gama de desafios, possibilidades e novidades, que podem contribuir para que o executivo saia de um cargo semelhante em São Paulo ou até de uma cidade do exterior, para fazer essa transferência”, analisa a presidente da Dasein.
Enquanto houve uma verdadeira explosão das médias salariais em cidades do Centro-Oeste e Nordeste, São Paulo mantém um crescimento menos expressivo, acompanhando variações inflacionárias e acordos, por exemplo. “Não é que SP esteja estagnada ou parada, é o ritmo dessas cidades que está mais acelerado, e possibilita essa atração de talentos com salários melhores do que o passado. Em São Paulo mesmo, há uma migração de executivos para algumas empresas em cidades como Araraquara e Bauru”, conta Adriana.
Salários médios – Posição: Diretor Industrial – Empresas de médio a grande porte – Primeiro trimestre de 2011 | ||
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Posição | Cidade | Remuneração |
1ª | Rio de Janeiro | 26.500 a 60.000 |
2ª | São Paulo | 25.500 a 55.000 |
3ª | Belo Horizonte | 25.000 a 50.000 |
4ª | Recife | 23.500 a 50.000 |
5ª | Brasília | 22.500 a 50.000 |
6ª | Fortaleza | 22.000 a 50.000 |
7ª | Salvador | 22.000 a 38.000 |
8ª | Curitiba | 21.500 a 35.000 |
9ª | Goiânia | 18.000 a 32.000 |
10ª | São Luís | 16.000 a 30.000 |
Fonte: Dasein Executive Search |