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SÃO PAULO – As MPEs (micro e pequenas empresas) foram responsáveis pela criação de 62% das vagas de emprego geradas em setembro. De acordo com os dados divulgados pelo Sebrae, baseados no Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados), os pequenos negócios geraram 130 mil oportunidades de trabalho.
Desde janeiro, as MPEs já contrataram 1,3 milhão de trabalhadores. O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) considera como micro e pequenas empresas aquelas que têm um número máximo de 49 funcionários, nos setores de comércio e serviços, e de 99 de trabalhadores, na indústria.
Análise por setor
Ao analisar a geração de emprego por setor, os dados revelam que, em setembro, serviços e comércio foram os que mais contrataram: 61,8 mil e 39,5 mi pessoas, respectivamente.
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No setor industrial, as pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 22,3 mil vagas. De acordo com a Agência Sebrae, outras 7 mil contratações foram feitas pelos setores de construção civil, indústria extrativa mineral, serviços industriais de utilidade pública e pela administração pública. Já o setor rural fechou 4,4 mil postos de trabalho no mês passado.
Desaquecimento da economia
Apesar de positivos, os dados registrados no nono mês do ano apontam para uma desaceleração na geração de empregos pelas MPEs. Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, isso é reflexo do desaquecimento da economia frente às medidas de política monetária e fiscal adotadas pelo governo para controlar a inflação e garantir o crescimento com foco no mercado interno.
“No caso das micro e pequenas empresas, mesmo diante dessa realidade, a participação na geração de emprego ainda é bastante significativa”, disse, segundo a Agência Sebrae.
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Em relação ao cenário futuro, Santos afirma que a participação das pequenas empresas em cadeias produtivas e nas oportunidades decorrentes dos investimentos nos eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíada) podem ajudar na manutenção e até na abertura de postos de trabalho nos próximos meses. “Há ainda o maior movimento do comércio e serviços, pressionado pelo crescimento da demanda nos últimos meses do ano”, finalizou.