Motivação interna ou externa: em qual delas você baseia suas decisões?

A interna tem relação com a vocação e a externa, com recompensas; em muitos casos, elas estão em conflito!

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Ninguém pode negar que ter uma conta bancária bem recheada traz muita tranquilidade. E é exatamente por este motivo que muitos profissionais acabam se rendendo a empregos que remuneram bem, mesmo que eles não dêem tanta satisfação.

“Infelizmente, devido às fortes pressões do mundo corporativo de hoje, é uma situação bastante comum”, afirmou o consultor e diretor-executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber. Neste caso, o que acontece é que a pessoa trabalha pela motivação externa. Por isso, ela se torna muito susceptível e se comporta de acordo com recompensas, que não são sustentáveis no longo prazo.

Porém, ninguém pode negar também que é extremamente prazeroso atuar na vida profissional com aquilo que tem vocação. Pois é, existe um outro tipo de motivação, que é a interna, a qual responde ao ‘mundo das vontades’. “É a personalidade de cada um vibrando quando está alinhada com as tarefas que vai executar”. Neste caso, um exemplo é quem escolhe um emprego que está alinhado aos traços vocacionais.

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Conflito de motivações

Para Kelber, o que acontece é que existe um conflito entre as duas formas de motivações. De olho em um bom salário e benefícios (motivações externas), mas, ao mesmo tempo, na ascensão profissional (motivação interna), os profissionais acabam aceitando atividades pouco desafiadoras e, muitas vezes, sem relação com a vocação.

O papel do líder e da organização

De acordo com o consultor, soma-se a este cenário o próprio despreparo dos líderes em avaliar esse tipo de situação, que foge da simples avaliação das competências técnicas dos membros da equipe. O que se deve fazer, então, é alinhar as motivações internas dos profissionais a desafios.

“Nas organizações do século 21, o homem quer saber o porquê, para quê, para quem e com quem ele trabalha. Por isso, é necessário não só mudar pessoas, mas também caminhar para uma cultura organizacional que busca um entendimento integral dos fenômenos”, disse Kelber.