Ministro do Trabalho prevê falta de mão-de-obra especializada

Lupi cita como exemplo a indústria de aço e automobilística, cujos dados indicam demanda maior do que a prevista

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que setores que necessitam de mão-de-obra especializada podem enfrentar um colapso, caso não invistam em qualificação.

“Já estamos tendo, em alguns setores, falta de mão-de-obra qualificada grave. Não chega a ser um colapso ainda. Se a gente não investir firme nesse setor, tem a possibilidade de acontecer (o colapso) em médio prazo”, afirmou à Agência Brasil.

Ele citou como exemplo a indústria de aço e a automobilística, cujos dados indicam uma demanda maior do que a prevista. “As pessoas estão comprando mais do que todas as previsões. Então, o grande desafio para essas indústrias da área de transformação é conseguir suprir a demanda do mercado. É uma equação difícil.”

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Lupi acrescentou que o ministério espera ter este ano R$ 800 milhões para a área de qualificação profissional e adiantou que, ainda neste mês, será assinado um convênio com o Sistema S para qualificar trabalhadores amparados pelo seguro-desemprego. Os recursos seriam do governo federal e do sistema S.

Criação de emprego recorde

A previsão do ministro é de que a economia deve crescer 6% este ano. Com isso, a geração de emprego deve bater recorde. “Continuo afirmando que 2008 será o melhor ano da história do Brasil, com mais de 1,8 milhão de empregos gerados e com um crescimento de 6% da economia, contrariando todos os doutos da economia. Anotem e me cobrem”, enfatizou.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados esta semana pelo ministério, em janeiro, foram gerados no País 142.921 empregos com carteira assinada, resultado considerado recorde. Em janeiro de 2007, esse número havia sido de 105.468 postos de trabalho.

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A indústria foi o setor que mais empregou, com a criação de 59.045 vagas. Em seguida, aparecem serviços (49.077), construção civil (38.643) e agropecuária (8.035). Apenas o comércio registrou desempenho negativo, com o fechamento de 14.144 postos de trabalho, em função da dispensa de empregados, movimento típico após o período de festas de fim de ano.