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SÃO PAULO – Os altos executivos no Brasil e no mundo não são tão favoráveis a criação de um possível sistema de cotas para mulheres nos conselhos administrativos das empresas. Por aqui, 75,4% dos entrevistados afirmam que as empresas onde trabalham são contra a isso.
Na Europa, a situação é bastante semelhante, apesar de não serem tão contra à proposta quanto são os brasileiros. Quando questionados se as cotas de mulheres nos conselhos deveriam ser obrigatórias, 59% dos europeus responderam que não.
União Européia
A pesquisa foi elaborada pela Hays Executive, com o objetivo de entender até que ponto os homens são favoráveis a criação de cotas para mulheres em altos cargos de liderança. Vale destacar que a comissária de justiça da União Européia, Viviane Reding, disse à imprensa que gostaria que as empresas públicas na Europa tivessem 30% de mulheres em seu quadro de funcionários até 2015. Para 2020, deveriam ter 40%.
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Na Europa, porém, há uma boa divergência de opiniões entre os países. Na França e Espanha, por exemplo, mais de 70% dos responsáveis declararam-se contra tais cotas. O governo Francês, há pouco tempo sancionou uma lei que reserva 30% dos assentos nos conselhos de administração, das empresas cotadas na bolsa de valores, para as mulheres até 2015 e 40% até 2020.
Na Suécia e Polônia, por outro lado, 60% dos entrevistados são a favor da medida. Esses são os países da Europa com o maior número de executivos favoráveis as cotas. No Brasil, como já foi dito, a maior parte dos entrevistados não aprovam a medida.
Meritocracia
Os executivos acreditam que qualquer tipo de cotas para as mulheres criaria mais conflitos de gênero, além de acharem a medida injusta, pois as pessoas deveriam chegar ao conselho de uma empresa por meritocracia.
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A questão de merecimento é muito valorizada no país. Ainda, no caso das mulheres, segundo porta-voz da Hays, Cynthia Rejowski, “para elas assumirem um cargo e se sentirem confortáveis nele, é preciso que sintam o mérito da ascensão.