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SÃO PAULO – Profissionais sem horário determinado, que podem não ter vínculo ou registro em carteira e com espírito de liberdade. As características acima compõem o perfil de um corretor de imóvel, profissão em alta no Brasil, que vem ganhando espaço principalmente no estado de São Paulo.
Para se ter uma base, o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) entregou no último dia 21 a credencial de número 100.000 a um profissional de corretagem imobiliária.
“Esses seis dígitos nos indicam que a profissão vem se sedimentando ao longo de seus 48 anos de regulamentação. E é certo, também, que, com o aquecimento do mercado imobiliário, haja um interesse maior pela carreira. Ao chegar aos 100 mil inscritos, a profissão de corretor de imóveis consolida-se como uma das principais atividades da economia paulista”, afirmou o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto.
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Segundo ele, a vantagem que a profissão oferece é a flexibilidade nos horários, pois o profissional não se senta na cadeira à espera do cliente. É preciso ter dedicação e disponibilidade para atender as solicitações de quem deseja locar ou comprar uma propriedade.
Perfil
Tornou-se muito comum a entrada de profissionais de outras áreas, como advogados, engenheiros, professores, economistas e administradores de empresa no segmento imobiliário. Uma grande parcela dos corretores já exerceu outra atividade. Cerca de 78% deles, revela o presidente do Creci-SP, possuem formação de 3º grau em outra atividade profissional.
“Existe toda uma movimentação e perspectivas de bons resultados, mas para atingir o sucesso definitivo na corretagem de imóveis é preciso, além de conhecer o mercado com profundidade, trabalhar com ética e disciplina, pois de acordo com o Código Civil somos obrigados a esclarecer todas as dúvidas dos nossos clientes”, avalia Viana.
Conta a favor do ramo de corretagem imobiliária os incentivos provenientes do governo, como a implantação de programas como o Minha Casa, Minha Vida.
Além disso, muitos profissionais estão buscando o aperfeiçoamento na profissão por meio de cursos de MBA (Master Business Administration) ou pós-graduação, pois o mercado está cada vez mais exigente.
Modelos
Com um mercado em crescimento, a pergunta quanto à valorização dos salários é inevitável. “Em 2004, a média nacional do rendimento de um corretor era de R$ 2.700. Somente no estado de São Paulo, essa cifra saltava para R$ 8 mil”, informa Viana.
Contudo, explica, esses valores certamente já foram superados. Ele diz que hoje existem corretores que ganham cerca de R$ 300 mil por mês.
Tais salários estão atraindo cada vez mais cedo os “aspirantes a corretores”. Atualmente, a média na profissão é de 42 anos, porém, um leque para os mais jovens já foi aberto.
Outro ponto interessante, de acordo com Viana, é que a maioria dos corretores não faz poupança. “A credibilidade em ganhar dinheiro é tão forte que eles se preocupam mais com a captação do que com a preservação”.