Mercado de UX e UI está em ascensão com salários de até R$ 12 mil no Brasil

Na era digital é importante ter profissionais que já estejam preparados para a transformação que o mercado está enfrentando  

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Com transformações no padrão de consumo, a experiência de compra passa a ganhar relevância para o consumidor. Às vezes, um ambiente acolhedor é mais importante que o preço nas tomadas de decisão. 

Dado esse novo cenário, cria-se novas necessidades no mercado de trabalho. E dois profissionais em especial se destacam: o designer de experiência (user experience, ou UX) e o designer de interface (user interface, ou UI). Ambas as profissões estão em plena ascensão no país.

As diferenças

Segundo Nathália Sacks, admissions manager na escola de tecnologia Ironhack no Brasil, ambos os profissionais trabalham juntos. “Estão conectados durante o processo e um depende do outro para as coisas acontecerem”, diz.

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Ela explica que o designer de interface é um profissional que deve ter habilidades mais técnicas. “Ele planeja e cria a ‘maquiagem’ da interface do produto. Fica mais com a parte de aparência. O menu que possibilita interação entre o usuário e o dispositivo, por exemplo, e sempre pensando no que a gente chama de user friendly – que seja intuitivo e atraia a atenção do usuário”, afirma Sacks.

O profissional de UI deve saber de design, Photoshop, Sketch (app que ajuda a criar páginas), entre outros programas. Mas também deve sempre estar conectado ao mundo digital acompanhando tendências, ter criatividade, e estar preparado para mudanças constantes. Ao criar uma interface é preciso analisar o resultado, testar cores, avaliar slogan, e tudo o que pode ou não agradar o cliente.

Por outro lado, o profissional de user experience é responsável pela interação do cliente com o produto em todo o ciclo do relacionamento da marca, serviço ou produto, não necessariamente na área digital. “Uma empresa de roupas pode ter um UX, por exemplo. O profissional deve ter as soft skills bem desenvolvidas, ou seja, ser comunicativo, ter empatia para entender o cliente e o motivo para ele estar ou não consumindo o produto ou serviço”, afirma a executiva.

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Além disso, o designer de experiência trabalha com metodologias e pesquisas com usuários para mapear preferências e tendências. E o foco principal é a solução de problemas. A ideia é oferecer alternativas para manter o cliente satisfeito.

“Vale lembrar que é um profissional que sempre vai depender de outros departamentos, trabalhando com outros setores e tendo contatos com outras profissões”, diz Sacks.

Como entrar na área

Não há uma formação específica para se tornar um user experience ou user interface. Geralmente os profissionais fazem cursos de especializações.

Uma das vantagens da profissão é que um UX pode trabalhar em qualquer área, de qualquer setor. “O funcionário pode melhorar as vendas do banco, de uma consultoria, de uma startup, de um escritório de advocacia, ou até trabalhar numa loja física de roupa, etc”, afirma a especialista.

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Para Felipe Torres, que trabalha há 3 anos na área de user experience de uma multinacional, um dos maiores desafios é lidar com  as pessoas.

Hoje trabalho em uma empresa que tem 2 mil colaboradores. Presto serviço para todas as áreas do grupo. Os outros times entram em contato e dizem qual problema tem em determinado produto ou serviço. A partir disso, minha equipe senta para entender o que está acontecendo, monta uma agenda e desenvolve um processo co-criativo”, afirma o designer.

Dessa maneira, ele precisa o tempo todo alinhar as expectativas do time que foi procurá-lo com a solução necessária para o problema. “Lidar com as pessoas é o mais desafiador. Preciso entregar um produto para o cliente e até chegar nessa parte do processo, você enfrenta várias etapas que envolve uma série de profissionais”, diz.

Ele é formado em design e migrou de área quando sua empresa abriu um time de inovação focado justamente em profissionais UX e UI. “A carreira traz bastante adversidades, todo dia você é provocado a solucionar algo. Precisa ter um perfil curioso e apesar de ter que saber o básico de ferramentas design, não é verdade absoluta – dá para trabalhar de muitas formas”, diz.  

Os salários

No Brasil, de acordo com a plataforma Love Mondays, o salário médio de UX e UI Designer é de R$ 4.205,00, mas a remuneração pode chegar até aproximadamente R$ 12 mil aos profissionais mais experientes.

“Muitas empresas mantém apenas um profissional para atuar em ambas as áreas, mas algumas companhias cientes da importância do setor para o desenvolvimento de negócios, já possuem equipes e departamentos completos de UI/UX Designer. A tendência é que a profissão se valorize bastante nos próximos anos”, informa Sacks.

De acordo com um estudo do PageGroup, empresa de recrutamento, a área de user experience, por exemplo, vai apresentar uma alta de 10% na remuneração neste ano na comparação com 2018.

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“Agora os profissionais mais requisitados são aqueles que possuem esferas mais analíticas e especialistas em suas áreas de atuação. Cargos que eram desconhecidos há pouco tempo acabaram se tornando comuns. E para 2019 as expectativas não são diferentes: as chamadas novas posições virão com tudo. Destaque para a área de designer de experiência”, diz o estudo.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.