Mercado de trabalho feminino no mundo. Saiba se existe diferença do Brasil

Anos atrás, a força bruta no trabalho era mais importante do que o trabalho intelectual, por isso os homens tinham vantagens sobre as mulheres

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Em países desenvolvidos economicamente, cada vez mais mulheres estão no mercado de trabalho. Elas até são a maioria dos profissionais em algumas nações, como é o caso dos Estados Unidos, onde o percentual de colaboradoras é de 51%. Na Espanha, a proporção de mulheres jovens no mercado de trabalho atingiu os mesmos índices do que os americanos.

De acordo com os dados, da revista The Economist, essa revolução feminina pode ser explicada pelo fato de a maior parte dos governos no mundo ter adotado uma política de igualdade para ambos os sexos.

Trabalho brutal x trabalho inteligente
Outro motivo é que, há alguns anos, a força bruta no ambiente de trabalho era mais importante do que o trabalho intelectual. Por isso, os homens tinham vantagens sobre as mulheres. Hoje, as atividades são menos de força e mais de inteligência. Logo, os dois sexos estão equilibrados no mercado de trabalho.

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A procura por mão-de-obra feminina tem sido acompanhada pela oferta, pois as mulheres estão cada vez mais dispostas e aptas para trabalhar fora de casa e a tecnologia tem ajudado para redução de tempo nas tarefas domésticas.

Ensino Superior
A expansão no Ensino Superior também contribuiu para este aumento, já que valorizou o trabalho das mulheres.

Em 1963, 62% das mulheres com Ensino Superior nos Estados Unidos trabalhavam, em comparação com 46% das pessoas com um diploma do Ensino Médio. Hoje, 80% das mulheres americanas com educação universitária estão na força de trabalho, em comparação com 67% das pessoas com diploma do Ensino Médio e 47% daqueles sem estudo.

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Em 2011, a expectativa é de que haverá mais de 2,6 milhões de mulheres, na comparação com os homens, estudando nas universidades americanas.

Taxa de desemprego
Em relação à taxa de desemprego, nos Estado Unidos, três em cada quatro pessoas que ficaram sem trabalho desde o início da recessão foram homens. A taxa de desemprego feminino é de 8,6%, contra 11,2% dos homens.

Segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, as mulheres representam mais de dois terços dos colaboradores de dez das 15 categorias de trabalho de mais rápido crescimento nos próximos anos.

O banco americano Goldman Sachs estima que o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho irá incrementar o PIB em 21% na Itália, 19% na Espanha, 16% no Japão, 9% nos Estados Unidos, na França e na Alemanha e 8% na Grã-Bretanha.

No Brasil
A participação feminina no mercado de trabalho brasileiro apresentou uma expansão de sete pontos percentuais em 15 anos, segundo informações da pesquisa Perfil do Trabalho Decente no Brasil realizada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Em 1992, a participação das mulheres no mercado de trabalho nacional era de 56,7%, percentual que passou a 64% no ano de 2007. Mesmo assim, apesar das melhoras, ainda persistem expressivas desigualdades de gênero no País. 

Desemprego
Para se ter uma ideia, a taxa de desemprego entre as mulheres é quase o dobro da verificada entre os homens, 11% e 6,1%, respectivamente.

Além disso, a evolução do desemprego feminino de 1992 a 2007 foi bem mais expressiva do que a masculina, visto que no início da década de noventa o desemprego feminino era de 8% e o masculino, de 5,4%, altas de três e 0,7 pontos percentuais no período, nesta ordem.

Entre a população jovem, de 15 a 24 anos, a diferença nos níveis de desemprego de homens e mulheres é ainda mais gritante, já que para elas é de 22% e para eles, de 13,2%.