Mercado de trabalho: disfluência não impede sucesso na carreira

Incidência da disfluência no Brasil é de 5%, o que equivale a 9,5 milhões de brasileiros com o distúrbio

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Instituto Brasileiro de Fluência calcula que a incidência da disfluência no País é de 5%, o que equivale a 9,5 milhões de brasileiros que estão com o distúrbio neste momento.

A disfluência é um distúrbio da fala geralmente associado à ansiedade e ao nervosismo, com origem neurológica e genética – do ponto de vista de muitos especialistas -, e popularmente denominado de gagueira.

Apesar de o distúrbio atrapalhar o dia-a-dia dos profissionais, segundo a fonoaudióloga do Grupo Microsom, Érica Ferraz, não se trata de um impedimento para ter uma carreira de sucesso.

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Ela reconhece que existe certo preconceito na sociedade e no mercado de trabalho, por parte de pessoas que não conhecem a disfluência, mas a maior barreira, muitas vezes, é imposta pelo próprio profissional que tem o distúrbio. “A própria pessoa fica com baixa autoestima e, por viver em uma batalha interna, não se candidata a vagas de emprego nem participa de processos seletivos”, explica Érica.

Entrando no mercado

De acordo com a especialista, os disfluentes têm até mais dificuldades na vida profissional do que na social. No entanto, a verdade é que eles podem exercer qualquer atividade nas empresas.

“Existem graus diferentes de disfluência e a aceitação nas empresas depende da demanda e do grau de exigência do contratante, mas inexiste uma restrição, com relação às áreas nas quais é possível trabalhar”, afirma a fonoaudióloga, para quem nada impede que profissionais com o distúrbio trabalhem com telemarketing, por exemplo.

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Segundo ela, algumas pessoas podem não querer contratar disfluentes por falta de conhecimento sobre o assunto. “Há quem associe a dificuldade de fala à falta de inteligência, ao descontrole emocional ou ainda à falta de domínio sobre determinados assuntos. Mas nada disso é necessariamente verdade. Os disfluentes sabem exatamente o que querem dizer, embora às vezes tenham dificuldade de se expressar”.

Dicas

Érica também lembra que, dependendo do grau de disfluência, os profissionais podem se destacar mais ao realizar atividades que exijam menos comunicação oral e mais comunicação escrita. É o caso de profissões que demandam atividades mais técnicas, como o técnico de informática, o revisor de textos ou o engenheiro que cuida da parte técnica do desenvolvimento de produtos.

Se a dificuldade de fala incomodar o profissional, este pode buscar tratamento fonoaudiólogo ou optar por usar um aparelho para o tratamento da gagueira, que garante melhora de até 80% na fluência da fala, conforme explicação da especialista.

Ela finaliza dando as seguintes dicas aos profissionais com disfluência: “Nunca desista, porque a dificuldade de fala não é um impedimento para ter sucesso, e cultive sempre a autoestima”.