Memória seletiva: profissional precisa escolher bem o que guardar na mente

Homem contemporâneo tem um nível de conhecimento que o torna mais instruído do que vários gênios do passado recente

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Antes do advento da internet, e do peso da globalização ser sentido pelas empresas, recebíamos certa quantidade de informações. Por meio da televisão, do rádio, do jornal, dos vizinhos e dos colegas de trabalho, as pessoas ficavam sabendo o que havia acontecido ontem no País.

Mas aí começou a febre. A internet transmitia em tempo real tudo o que estava acontecendo, naquele exato momento! E as pessoas comentavam os fatos, nos quatro cantos do mundo, quase que simultaneamente. De repente, sabíamos de tudo que estava acontecendo no outro lado do mundo.

“A quantidade de informações cresceu de forma exponencial, sendo que o homem contemporâneo tem um nível de conhecimento que o torna mais instruído do que vários gênios de um passado até recente. Porém, esta avalanche de conhecimento também causa uma tremenda carga de desgaste físico e mental, o que impulsiona o estresse de tal forma que a maioria das informações acaba não sendo armazenada e poucos retêm na memória o que aconteceu consigo, mesmo que recentemente”, diz a advogada responsável pela Sylvia Romano Consultores Associadas, Sylvia Romano.

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Solução: seja seletivo

Segundo Sylvia, atualmente, é difícil se gravar um rosto, um nome ou um dado. Todos se queixam da pouca memória. “Tenho percebido que este mal é cada vez mais comum, independente da faixa etária, do sexo e da profissão. Antigamente, costumávamos utilizar muitas expressões que definiam a inteligência e a ignorância. Hoje passa a ser importante, também, a capacidade de se ter uma boa memória, o que começa a preocupar as pessoas”.

A verdade é que não podemos gravar todas as informações que recebemos. É humanamente impossível. A saída é selecionar melhor aquilo que é mais importante. “O volume de informação obrigará todos nós a selecionar o que recebemos de conhecimento, tornando-nos especializados, com idéias direcionadas e focadas no que fazemos”, explica a advogada.

“Com o aumento da expectativa de vida da população, outro efeito será que, daqui a bem pouco tempo, surgirá uma nova geração de idosos desmemoriados, o que já podemos perceber em nossa volta com o crescimento de casos de doenças mentais degenerativas em muitos dos nossos antepassados vivos. Ou começamos a nos preocupar em acumular como conhecimento só o que possa ser de grande interesse e relevância, ou teremos de arcar com a conseqüência de, em breve, sermos um grande grupo de desmemoriados”, recomenda.