Medo do desemprego chega ao menor patamar desde 1996 entre brasileiros

Mesmo com segurança no emprego, dados da CNI mostram que 44% acreditam que o desemprego vai aumentar

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – No primeiro trimestre deste ano, o medo do desemprego chegou ao menor patamar entre os brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada na segunda-feira (7).

O item, abordado no Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), atingiu 111,7 pontos, no primeiro trimestre deste ano, sendo o maior da série histórica iniciada em 1996. Quanto maior o índice, maior a segurança do brasileiro.

A pesquisa foi realizada com 2.002 eleitores de todo o País, entre 19 e 23 de março. O índice cresceu 1,1 ponto, na comparação com o período de outubro a dezembro do ano passado (110,6 pontos), e 11,1 pontos, na relação com o primeiro trimestre de 2007 (100,6).

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Motivo da segurança

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País alcançou 8,7% no segundo mês do ano de 2008, recuando 1,2 p.p. em relação a fevereiro de 2007 (9,9%).

De acordo com a CNI, a segurança do profissional brasileiro é causada pelo crescimento no emprego e na renda. O mercado de trabalho deve continuar em alta em 2008, com índice de desemprego de 9%, ante 9,5% em 2007, segundo a confederação.

Mesmo com a segurança no emprego, os dados da CNI mostram ainda que 44% dos brasileiros acreditam que o desemprego vai aumentar, enquanto 33% crêem que vai diminuir e 23%, que não vai mudar.

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Segurança e realidade

A segurança é importante para que você não se sinta a todo o momento ameaçado no ambiente de trabalho e diminua o próprio rendimento. Mas, em excesso, ela pode prejudicar. Imagine chegar ao trabalho e receber a notícia de que está demitido. Raiva, tristeza, angústia, decepção. Seja qual for o seu sentimento, nesse momento, você deve se controlar.

De acordo com a gerente de desenvolvimento organizacional da Caliper, Alessandra Moura, o profissional não deve expor opiniões emotivas nem agir por impulso, o que pode ser prejudicial para a carreira.

“Se tiver espaço, procure o gerente direto, que costuma ser o responsável pelas demissões, e peça explicação. Procure entender o motivo antes de reagir. Cuidado com o que diz, para não fechar uma porta no mercado de trabalho”.