Medo de perder o emprego tem menor índice em sete anos, diz pesquisa

Índice acumula queda de 15,7%, desde o pico registrado durante a crise econômica, em março do ano passado

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – O brasileiro está mais otimista em relação ao mercado de trabalho. Segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (22) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o temor de perder o emprego registrou o menor índice desde o início da pesquisa, em 2003.

O medo de perder o emprego caiu 4,1% na comparação com dezembro de 2009, atingindo 82 pontos. É o menor índice em sete anos, quando chegou a 110 pontos. O índice acumula queda de 15,7%, desde o pico registrado durante a crise econômica, em março do ano passado.

Pela primeira vez na série histórica, 53% dos entrevistados afirmaram não estar com medo de perder o emprego. Em dezembro, a porcentagem era de 50%. A proporção dos que disseram estar com muito medo do desemprego recuou de 19% para 15% na mesma base comparativa. Já os que declaram estar com pouco medo do desemprego passaram de 31% para 32%.

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Desemprego
Apesar deste cenário positivo, muitos profissionais, ao serem demitidos, não sabem o que fazer. De acordo com o diretor de Projetos da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Vladimir Araújo, antes de tudo, é preciso manter a calma. Em seguida, procurar a ajuda de amigos e familiares, que possam dar apoio e auxiliar a pessoa a entender a situação.

Por fim, se ainda for necessário, vale tentar a busca de empresas especializadas que podem ajudar o profissional a entender o que ocorreu, bem como auxiliá-lo na procura por uma nova oportunidade.

Demissão nem sempre é incompetência
Ainda na avaliação de Araújo, é comum que, ao serem demitidas, as pessoas se enxerguem como incapazes e, dependendo de como se deu o desligamento, se sintam inaptas a buscar uma nova colocação.

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Porém, tais julgamentos são precipitados, diz ele, já que a maior parte das demissões não se dá por incapacidade do profissional, e sim por problemas comportamentais, como dificuldades de relacionamento, comunicação e trabalho em equipe.

“O fato de ter perdido o emprego não o transforma em incompetente da noite para o dia. Assim, é preciso fazer uma reflexão para tentar entender os reais motivos da demissão e, se necessário, trabalhar tais aspectos”.

E na entrevista de emprego?
De um modo geral, a pessoa deve encarar a demissão com naturalidade, mesmo porque o assunto ainda pode ser pauta em futuras entrevistas de emprego.

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Se isso acontecer, alerta o especialista, a melhor opção é falar a verdade, atentando aos fatos e não ao emocional. Vale lembrar que, independentemente de ter sido demitido do emprego, nunca é apropriado falar mal da empresa anterior.

Já para aqueles que, por ventura, foram demitidos por justa causa, o diretor de projetos da Ricardo Xavier dá o seguinte conselho: “dentro do possível e da melhor maneira, procure mostrar o que aconteceu e, principalmente, a ação que fez para reverter a situação ou atenuar o problema”.

Na antiga empresa
Por fim, destaca Araújo, vale lembrar que, mesmo ao ser demitido, o profissional deve manter a postura e sair de forma digna da empresa anterior, evitando, por exemplo, falar mal da empresa ou enviar e-mails de despedida criticando alguém.

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Além disso, diz ele, é simpático colocar-se disponível para uma nova oportunidade, caso a empresa venha a necessitar novamente de alguém com aquele perfil.