Medidas de países do G20 em resposta à crise salvaram 21 milhões de empregos

Estímulos fiscais podem ter criado ou salvo 8 milhões de empregos em 2009 e 6,7 milhões neste ano, segundo OIT

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – As medidas tomadas pelos países do G20 em resposta à crise econômica mundial salvaram e criaram quase 21 milhões de empregos em 2009 e neste ano, correspondente a 1% dos postos mundiais, revelou estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

As medidas de estímulo fiscal podem ter criado ou garantido 8 milhões de empregos em 2009 e 6,7 milhões em 2010, a exemplo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no Brasil para automóveis, móveis, materiais de construção e eletrodomésticos da linha branca.

Já os estabilizadores automáticos, como subsídios de desemprego ou impostos, podem ter salvo ou criado 6,2 milhões de empregos nos países do G20 no ano passado.

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Recuperação
O estudo da OIT assinala, porém, que a desaceleração do mercado de trabalho, que se acumulou desde 2008, manteve-se elevada no primeiro trimestre de 2010, embora a economia tenha começado a se recuperar.

“Olhando adiante, precisamos de um quadro de trabalho orientado para um crescimento que seja forte, sustentável e equilibrado”, afirmou o diretor-geral da OIT, Juan Somavia.

Em 15 dos países do G20 para os quais existem dados, foram perdidos mais de 6 milhões de empregos na indústria de transformação, 2,8 milhões na construção e 2,3 milhões no comércio nos dois anos anteriores ao terceiro trimestre de 2009. Durante o mesmo período, houve aumento do desemprego nos serviços públicos, educação, administração pública e da saúde.

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A perda de postos de trabalho tem sido mais pronunciada ente os homens do que entre as mulheres na maioria dos países e, nos dois anos anteriores à segunda metade de 2009, a taxa de desemprego dos jovens aumentou em 12 dos 14 países do G20 para os quais se tem dados.

O relatório mostra que os países continuam a se adaptar e introduzir medidas para superar a crise, enquanto tentam equilibrar a pressão para reduzir o déficit orçamentário com a necessidade de não revogar os estímulos fiscais muito rapidamente.