Médicos vão paralisar atendimento de dez planos de saúde em São Paulo

Objetivo é pressionar operadoras para reajuste de honorários médicos; atendimentos de urgência não serão afetados

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Médicos vão paralisar o atendimento de dez planos de saúde no Estado de São Paulo. A decisão foi tomada na última quinta-feira (30) por associações que representam tais profissionais.

Juntos, os convênios selecionados reúnem quase 3 milhões de usuários em São Paulo. O objetivo da ação é pressionar as empresas para que haja um reajuste dos honorários pagos aos médicos.

Os médicos passarão a não atender os seguintes convênios: Porto Seguro, Gama Saúde, GreenLine, Intermédica, ABET (Telefônica), da Caixa Econômica Federal, Cassi (Banco do Brasil), da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da Embratel e Notredame.

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No total, o estado São Paulo conta com 327 operadoras de planos que saúde, que atendem 18,4 milhões de beneficiários.

Como acontecerá a paralisação
Segundo a APM (Associação Paulista de Medicina), a paralisação acontecerá por tempo indeterminado e afetará apenas uma especialidade médica por vez, através de um sistema de rodízio.

Cada uma das 53 especialidades, uma de cada vez, deixará de atender seus pacientes, ou seja, em uma semana os cardiologistas não atenderão os convênios por três dias, na semana seguinte, será a vez dos ginecologistas, e assim por diante.

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De acordo com a assessoria de empresa da APM, os pacientes que tinham suas consultas marcadas justamente no dia em que ocorrerá a paralisação, deverão reagendar outra data. Em caso de urgência médica, os pacientes serão atendidos normalmente, desconsiderando a paralisação.

O caso
Negociações entre associações de médicos e as operadoras já estão ocorrendo há algum tempo. No último dia 7 de abril, por exemplo, os médicos já haviam paralisado os atendimentos, afetando todos os planos de saúde.

Os médicos querem receber R$ 80 reais por consulta, mais do que o dobro que recebem atualmente, de R$ 30,00.