Médicos vão paralisar atendimento a planos de saúde em todo o País

Dia 21 de setembro novos planos vão entrar na lista do movimento; classe exige plano de cargos, carreiras e salários

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Dando continuidade ao movimento da classe médica, os profissionais da saúde pretendem, no dia 21 de setembro, realizar a Paralisação Nacional dos Planos de Saúde, expandindo as reivindicações em âmbito nacional. 

Na data em questão, além das operadoras de seguros que já estão sendo boicotadas, serão suspensos os atendimentos eletivos dos seguintes planos: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Blue Life, Dix Amico, Medial, GEAP, Prosaúde e Volkswagen. 

O objetivo da paralisação continua sendo o mesmo das ações anteriores, ou seja, denunciar à sociedade sobre as baixas remunerações praticadas pelos planos aos médicos e buscar por melhores honorários. 

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Plano de cargos, carreiras e salários
Em outubro já estão previstas mais ações. Na última terça-feira (12), em assembléia realizada no Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), a categoria decidiu realizar um dia de paralisação de advertência no próximo mês. A data estipulada foi 18 de outubro, mas ainda poderá correr alteração. 

Para esse evento em especial a motivação é o plano de cargos, carreiras e salário, ou, PCCS, e o piso salarial. Os médicos exigem que o Estado cumpra sua promessa de implantar ainda este ano o plano, e, também, querem que seja implantado o piso salarial da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), de R$ 9.188,22 para 20 horas semanais. 

Greve no setor público
Os médicos do setor público também participaram da assembléia da última terça-feira. Os profissionais do Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto estão em grave há 80 dias, reivindicando, com isso, a equiparação salarial com profissionais de outros hospitais públicos estaduais: Mater e Hospital Estadual de Ribeirão Preto. 

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Também estão mobilizados médicos do Hospital Estadual de Bauru, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, do IIER (Instituto de Infectologia Emílio Ribas) e do Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo. 

No setor público, um médico em início de carreira recebe do governo R$ 414,30. No caso dos que realizam plantões, o salário é de R$ 600 para jornada de 12 horas. A situação parece tão crítica que o concurso público realizado para selecionar candidatos para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do IIER não teve nenhum interessado.